Valorização do Semiárido e combate à desertificação são debatidos em 2º dia de Encontro

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A manhã do segundo dia, 22, do Encontro Estadual da Articulação no Semi-Árido Pernambucano (ASA-PE) teve início com uma dinâmica de apresentação dos participantes e uma retrospectiva das principais ações já realizadas pela rede em seus 11 anos de história. “O nosso jeito é que nos faz diferente na forma de construir a sustentabilidade no Semiárido”, afirmou o coordenador da ASA-PE, Aldo Santos.

Em seguida, o coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), Antônio Barbosa, e o coordenador da organização Caatinga, Paulo Pedro, foram convidados para participar da primeira mesa de debates do dia, que trouxe a temática ASA: Caminhos para a Sustentabilidade no Semiárido.

Barbosa colocou que por muitos anos, o Nordeste viveu no estereótipo de ser um lugar seco, feio e de fome, e que a ASA foi fundamental para mudar essa visão. “O Semiárido que conhecemos é um lugar novo e tem muito da nossa história. Tinha-se uma ideia de que aqui não chovia e nós acreditávamos nisso também. Quando surgiu a ideia de cisternas, começamos a perceber que chove, e chove muito. A ASA ajudou a fazer o nosso Semiárido”, disse. Segundo ele, hoje, já foram construídas em média 300 mil cisternas, garantindo água para mais de 1,5 milhões de pessoas.

Paulo Pedro falou dos problemas ambientais causados pelas mudanças climáticas

Em sua fala, Paulo Pedro ressaltou a questão dos problemas ambientais, principalmente, no Semiárido brasileiro. “Quando falamos em desertificação, algumas pessoas pensam que não tem nada a ver com isso, porque pensam logo em desertos. Mas desertificação é o processo”, afirmou.

Dentre os dados apresentados por Paulo, foi citado o aumento da área semiárida no Brasil. “Nós temos a região susceptível à desertificação mais populosa em um mesmo país. São quase 1.500 municípios. E essas áreas estão se expandindo”. A partir disso, ele comentou que é preciso haver uma adaptação das pessoas para com essas mudanças. “É saber que a situação está colocada, vai ter menos chuva e temperaturas mais altas e agora precisamos desenvolver estratégias para sofrer menos com a realidade. O desafio é muito grande”, complementou Paulo Pedro.  

Paulo Pedro e Barbosa também ressaltaram a discussão sobre a agrobiodiversidade e o fortalecimento da produção de alimentos, gerando renda e preparando condições favoráveis para as próximas gerações; além da preservação do patrimônio genético. “A ASA não veio apenas para fazer cisterna, mas sim para mudar a lógica de fazer o Semiárido”, afirmou Paulo. 

Confira a cobertura completa do Encontro Estadual no blog: www.asapernambuco.blogspot.com

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