A distribuição das terras é extremamente desigual no Semiárido brasileiro. Cerca de 1,5 milhão de famílias agricultoras (28,82% de toda a agricultura familiar brasileira) ocupam apenas 4,2% das terras agricultáveis do Semiárido. Ao passo que 1,3% dos estabelecimentos rurais com mais de 1 mil hectares, conhecidos como latifúndios, detêm 38% das terras. A ASA defende que as famílias precisam de uma estrutura mínima para produzir alimentos e criar animais: água e terra.
A convivência com o Semiárido pressupõe a adoção da cultura do estoque da água para diversos usos: consumo humano, produção de alimentos e para servir aos animais. A ASA incentiva a construção de cisternas, que são tecnologias sociais que permitem às famílias guardarem água para os períodos de estiagem. Lutamos pelo acesso universal à água no Semiárido brasileiro!
A valorização do conhecimento dos agricultores/as do Semiárido é uma bandeira da ASA. Para isso, promovemos o fortalecimento da rede de comunicadores populares no intuito de que as histórias e inovações camponesas possam ser lidas, ouvidas e vistas para além das fronteiras do Semiárido. Uma das estratégias para isso é a produção do Candeeiro, um boletim que traz relatos das inovações das famílias e comunidades do Semiárido.
Os agricultores são detentores de conhecimento e são capazes de adaptá-lo às diferentes realidades. Partindo desta constatação, a ASA incentiva o intercâmbio de conhecimentos entre agricultores de regiões áridas e semiáridas, além contribuir na construção de cisternas e políticas públicas de convivência com a aridez e em outros países.
A distribuição das terras é extremamente desigual no Semiárido brasileiro. Cerca de 1,5 milhão de famílias agricultoras (28,82% de toda a agricultura familiar brasileira) ocupam apenas 4,2% das terras agricultáveis do Semiárido. Ao passo que 1,3% dos estabelecimentos rurais com mais de 1 mil hectares, conhecidos como latifúndios, detêm 38% das terras. A ASA defende que as famílias precisam de uma estrutura mínima para produzir alimentos e criar animais: água e terra.
Em centenas de escolas rurais do Brasil, a falta de água de qualidade, assim como de outros serviços básicos como energia e saneamento básico, são fatores que contribuem para o fechamento das escolas, para a baixa taxa de aprovação e o abandono dos estudos. A ASA defende que os filhos e filhas de agricultores/as tenham acesso a educação de qualidade no campo e, para isso, constroi cisternas em escolas do campo.
O aumento vertiginoso da temperatura da Terra, causado pela exploração predatória dos recursos naturais, desmatamento e da queima de combustíveis fósseis ameaça a vida humana e os sistemas naturais. A ASA, há três décadas, incentiva a criação de tecnologias sociais de adaptação climática, como as cisternas e as casas de sementes. Além disso, promove o encontro entre povos de regiões áridas e semiáridas, para compartilhar aprendizados de resiliência climática.
O Semiárido brasileiro tem se tornado uma zona de sacrifício para a produção de energia eólica e solar. A construção de grandes empreendimentos energéticos vem aumentando a especulação financeira nos territórios agroecológicos e colocando em risco duas décadas de investimentos em tecnologias sociais. A ASA defende um modelo energético renovável, mas que seja socioambientalmente justo, descentralizado, e no qual as famílias do Semiárido sejam envolvidas no processo de produção energética.
Criar condições para a permanência da juventude no campo é uma das motivações que está no fazer da ASA. A ASA busca construir e fortalecer políticas públicas voltadas especificamente para este público, além de criar alternativas como os créditos rotativos para que os jovens possam gerar renda própria e perpetuar no campo.
Mulheres e meninas eram as principais responsáveis por buscar latas d´ água na cabeça para abastecer suas famílias. A ASA vem transformando essa realidade com as cisternas, possibilitando que elas tenham tempo para estudar e produzir renda própria. O fortalecimento de organizações e associações de mulheres, o incentivo às cirandas, espaços de cuidado dos filhos para que as mulheres participem de atividades políticas, são algumas ações que a ASA vem desempenhando em prol da igualdade de gênero.
Para garantir o Direito Humano à Alimentação é necessário ter como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis, além de água e terra para produzir alimentos e sementes. A ASA incentiva processos educativos baseados na agroecologia, fortalece os processos organizativos das comunidades de agricultores/as e valoriza o conhecimento produzido pelos/as mesmos/as.
A implantação de tecnologias sociais de tratamento de águas cinzas e fecais em escala familiar e comunitária já é uma realidade para as famílias do Semiárido brasileiro. A ASA trabalha por uma política pública que possa expandir o saneamento básico em suas múltiplas dimensões (abastecimento, tratamento de esgoto, destinação dos resíduos sólidos, dentre outras) para todo o Semiárido.
Na dinâmica das comunidades do Semiárido, as famílias agricultoras selecionam as melhores sementes e as guardam para os próximos plantios. Nestes bancos de sementes familiares, existe uma verdadeira riqueza, capaz de assegurar a segurança e soberania alimentar e nutricional das populações do Semiárido. A ASA atua no resgate e valorização do patrimônio genético, através do fortalecimento das práticas já existentes de auto-organização comunitárias.
ASA em Números
Neste painel você pode acessar as tecnologias de convivência com o Semiárido implantadas ao longo dos anos pela ASA e o número de famílias beneficiadas com elas. Utilizando os filtros, é possível visualizar as ações da ASA por projeto, implementações (tipos de tecnologias), estado, município.
* tecnologias construídas com recursos provenientes da Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC).