As comiss+es municipais de Jequitinhonha e Itinga, formadas por representantes de entidades da sociedade civil que atuam nesses munic+pios, em Minas Gerais, reuniram-se nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Centro Pastoral da Diocese de Ara+ua+, para discutir o in+cio do Programa Uma Terra e Duas -guas (P1+2) no Vale do Jequitinhonha. O objetivo foi capacitar as comiss+es para o desenvolvimento do Programa, de modo que elas possam fazer a sele+-o e articula+-o das comunidades beneficiadas.
Depois de um momento de m+stica, em que os participantes foram convidados a expor seus sonhos na realidade com a qual convivem, foi apresentada a equipe de trabalho do P1+2 no Vale e aberto o espa+o de debate. A atua+-o da Articula+-o no Semi+rido Brasileiro (ASA) foi o primeiro tema tratado, situando os participantes nas discuss+es mais amplas de pol+ticas de conviv+ncia com o Semi+rido que s-o feitas nessa inst+ncia.
O animador de comunidade do Programa Um Milh-o de Cisternas (P1MC), Juliano Gon+alves, fez a apresenta+-o do Programa e apresentou resultados do per+odo de 2003 a 2008. A liga+-o entre esse programa e o P1+2, que deseja sobretudo imprimir o car+ter produtivo na capta+-o da +gua da chuva, foi um dos pontos ressaltados pelo coordenador do P1+2 no Vale do Jequitinhonha, Jos+ Nelson dos Santos. Ele destacou a origem, objetivos e tecnologias do Programa, ressaltando a import+ncia da forma+-o e mobiliza+-o durante todo o processo.
Nos v+rios momentos de debate realizados durante a capacita+-o, os/as participantes ressaltaram a import+ncia da forma+-o pol+tica e articula+-o das v+rias comunidades e entidades que atuam na regi-o, de modo a discutir melhor as especificidades e os desafios que apresenta a sua execu+-o no Baixo Jequitinhonha.
Maria Ang+lica Gon+alves, presidente da Associa+-o das Mulheres Organizadas do Vale do Jequitinhonha (Amovaje), j+ havia participado do primeiro encontro da ASA, quando fazia parte do movimento sindical de Itinga. Para ela, as comunidades capacitadas n-o esquecem o que aprenderem. +At+ hoje, quando a gente passa nas comunidades, o pessoal fala o que a gente discutiu com eles nas forma++es e capacita++es realizadas+, conta. Para as capacita++es futuras, ela j+ percebe uma miss-o. +Chegando aos munic+pios, devemos procurar as pessoas convidadas que n-o puderam vir, para repassar o que aconteceu e envolv+-las a participar+, complementa.
Railson Pereira Campos, do Setor de Forma+-o do MST dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, participou pela primeira vez da reuni-o da Comiss-o Municipal de Jequitinhonha. Para ele, o encontro correspondeu a uma necessidade do povo. +O bom + a capacita+-o de pessoas na uni-o das entidades, o que -s vezes demora tempo para acontecer. Essa uni-o + na preocupa+-o com o que h+ de muito importante para a gente, que + a +gua+, afirma. Railson, que quer se capacitar como pedreiro para construir as tecnologias do P1+2, acredita ainda que este + um espa+o importante para a forma+-o. +A ASA est+ contribuindo com as comunidades, com a forma+-o para proteger as nascentes, os leitos dos rios. A gente espera que o encontro nos aumente as bases para trabalhar a consci+ncia do povo”, conclui
