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IX EnconASA
Comunidade Quilombola Pêga

A comunidade quilombola Pêga, no sítio Pêga, em Portalegre, região serrana do Rio Grande do Norte, guarda um passado marcado pelo preconceito racial. Afastados pelos brancos da cidade e de festividades, precisavam fazer reuniões em esconderijos. A terra era chamada de Sítio Macaco, e era de propriedade das famílias Jacinto e Delmiro. Os quilombolas tiveram sua identidade negada por muitos anos, e por isso não se intitulavam um quilombo de resistência. Só depois de viajaram para outros lugares é que compreenderam o significado da denominação quilombola.  Essas situações são memórias tristes revividas por Dona Aldizes da Conceição Bessa. Mesmo diante do preconceito, as famílias não desistiram. A luta pela preservação da identidade negra veio a partir das tradições culturais, da comida como o mugunzá e do artesanato de renda de birro. A tradicional Festa de São Gonçalo é uma das manifestações locais onde a dança vem passando de geração a geração. “A coisa mais linda do mundo sempre foi nossa dança”, diz emocionada Dona Gumercinda Maria de Jesus.  Atualmente, as 56 famílias da comunidade possuem cisternas de primeira água do P1MC, e de segunda água do P1+2. O acesso à água para produção de alimentos é utilizada para a plantação de feijão, mandioca, milho, café, pés de pinha, caju, manga e jaca.