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IX EnconASA
Associação de Sítio Rio Novo

Em sítio Rio Novo, na comunidade de mesmo nome, no município de Apodi, região oeste do Rio Grande do Norte, um grupo de 20 mulheres desafiou-se a encontrar soluções simples para a convivência com o Semiárido. Com incentivos de um pároco local que captou recursos da cooperação alemã, a comunidade executou um pequeno projeto que foi a ‘ponte’ de partida para conquista da autonomia e da liberdade das mulheres. O projeto se transformou numa Associação, que captou recursos da CONAB. Com isso, das riquezas da região passaram a fazer o beneficiamento das frutas e a produzir doce de banana, mamão com coco, bolo de milho e doce de leite. Os doces foram comercializados através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal. O plantio da banana acontece num lote de terra cedido pelo primo de dona Elza. As mulheres investiram em formação e realizaram cursos de capacitação pelo SENAI. “Foi a partir da Associação que passamos a ter pequenos conhecimentos e ações”, assegura Dalvaneide. As mulheres contam com assessoria técnica do CF8 – Centro Feminista 8 de Março, organização potiguar que compõe a Articulação Semiárido Brasileiro – ASA. A rotina de autogestão da Associação garantiu confiança e determinação para as mulheres. O próximo desafio é conquistar o Selo de Inspeção Municipal (SIM) para poder comercializar os produtos agroecológicos em feiras e/ou empresas.

Agroflorestação: garantia da soberania alimentar e vida saudável

Localizada a 18 km do município de Upanema no Rio Grande do Norte, fica localizada a comunidade de Piracicaba, onde o agricultor João Mariano da Silva, sua esposa Ana Maria Araújo Rocha e suas duas filhas Maria Eduarda Rocha da Silva e Ana Júlia Rocha da Silva vivem em harmonia com a natureza, numa área de mais de 60 hectares. Hoje, eles têm uma produção diversificada, com hortaliças orgânicas, várias fruteiras, apicultura, avicultura, criação de ovelhas, dentre outras. Na visão da família, a rotação de cultura é fundamental e faz com que o solo se recupere e esteja sempre propício para a produção. Há ainda o aproveitamento da sobra das culturas como alimento para as galinhas, e a partir da criação de ovelhas há produção de esterco utilizada como adubo. Segundo João Mariano é necessário ter um pouco de cada coisa, não depender de apenas uma única atividade, só assim a família consegue sobreviver e pagar as despesas da casa. Para Dona Ana Maria, o melhor dessa experiência é que todos da família participam, ela diz: ‘‘Somos muito unidos, o dinheiro é da família, a gente se ajuda muito”.