Balanço revela sucesso e prevê reforço da Campanha pelo Limite da Propriedade de Terra

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Se a solidariedade era o ingrediente que faltava para a construção de uma economia inclusiva e para promoção de um modelo mais justo de desenvolvimento, a receita do bolo está quase completa. Falta apenas aperfeiçoar a fórmula. A análise da Campanha da Fraternidade deste ano – cujo tema é Economia e vida e, o lema, “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro” –, demonstra que o projeto de economia solidária, no qual a Cáritas Brasileira e suas entidades membro estão envolvidas, deu certo e que essa é uma das saídas dignas de milhares de família da pobreza. (Confira aqui os números da economia solidária no Brasil).
 
Realizado durante a 6ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e 17ª Feira de Cooperativismo de Santa Maria, Rio Grande do Sul, o balanço indicou que a campanha e seus desdobramentos em todo o País foram positivos. Os cerca de 40 participantes, representantes de várias entidades Regionais e da Cáritas Brasileira, do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil (Conic), Fórum Brasileiro de Economia Solidária, dentre outras entidades, concluíram que o próximo passo é fortalecer a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra.
 
No entendimento deles, a justiça social só poderá ocorrer com uma reformulação profunda da relação do Estado e da sociedade com a distribuição de terras no Brasil e que a economia solidária só poderá avançar se tiver associada à reforma agrária. Relatos mostraram também que o tema da Campanha da Fraternidade deste ano foi essencial para o desenvolvimento de atividades de divulgação e promoção do conceito de economia solidária em todo o país.
 
“Noventa e nove por cento das atividades que desenvolvemos foram positivas no sentido da reflexão, de fortalecimento de grupos das sementes creoulas, no sentido de ver que é possível sim ter uma economia de diferenciada”, disse o representante do Conic, Edison Costa. O IMS, por exemplo, adotou o tema nas ações realizadas na Rede Marista de Educação e o divulgou em vários tipos de periódicos e cartilhas.
 
Além de favorecer a divulgação da economia solidária, a Campanha da Fraternidade deste ano, ao Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra, ao abaixo-assinado que prevê a criação do marco legal para a economia solidária e a II Conferência Nacional de Economia Solidária, realizada em junho. A maioria dos participantes da reunião asseguraram que a campanha foi tão positiva que possibilitou a ampliação dos Fundos Diocesanos.
 
Um dos relatos dá conta de que foram realizadas 187 Conferências Regionais ou Territoriais, abrangendo 2.894 municípios brasileiros, com 15.800 participantes. A Conferência Nacional teve 1.600 delegados, mais 200 convidados. No Rio de Janeiro, segundo relatos apresentados na reunião, muitas pessoas se surpreenderam com o tema, mas ele foi bem recebido em todas as comunidades em que foi debatido. No Ceará, dentre as várias ações desenvolvidas, as pastorais realizaram atividades em escolas e garantiram uma ampla discussão não só nos colégios, mas também em outros setores da sociedade.
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