Neste período, foram envolvidos, em média, 114 mil agricultores familiares por ano, ao mesmo tempo em que alimentos de boa qualidade chegaram a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) fechava o ano com investimentos de R$ 145 milhões aplicados na compra de 135 mil toneladas de alimentos distribuídos para 185 mil pessoas em todo o País. Sete anos depois “o aniversário do programa é neste 6 de julho”, os números do PAA cresceram mais de 400%, mostrando a importância dessa ação. Em 2009, os recursos somaram R$ 590 milhões, com 484 mil toneladas compradas de 114 mil agricultores familiares e distribuídas para 13 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Nesses sete anos, o PAA já aplicou R$ 2,7 bilhões, incluindo recursos dos orçamentos dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a compra de R$ 2,6 milhões de toneladas de alimentos, que foram distribuídos para a rede sociaassistencial, equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, montagem de cestas de alimentos e formação de estoques do governo. Hoje o programa está presente em mais de 2,3 mil municípios de todos os Estados e beneficia milhares de agricultores.
José de Patrocínio Ferreira, de Campina Grande (PB), é um desses agricultores. Desde que passou a comercializar sua produção para o PAA, em 2006, sua renda melhorou. “Antes, vendia hortaliças nas feiras e não tinha segurança para melhorar de vida. Melhorou quando acessei o PAA. Hoje, vendo ao programa R$ 800 por mês.” Nesses três anos, ele conseguiu reformar a casa, trocar de carro e construir um novo reservatório de água para fazer irrigar as plantações de repolho, couve-flor, agrião, alface, quiabo, tomate e cebolinha.
O mesmo resultado obteve o agricultor José Arimatéia de Sousa, que, antes do PAA, pensou em deixar a vida no campo e se mudar para o Rio de Janeiro, na tentativa de oferecer futuro melhor para os filhos. “Antes não tinha lucro certo. Se fosse vender nas feiras, voltava com quase toda a mercadoria”, lembra. A situação hoje é bem diferente. Com os R$ 900 por mês que comercializa de produtos para o programa, conseguiu construir quatro barreiros para irrigação e comprar um caminhão em sociedade com três parentes. A produção aumentou. Além de hortaliças, que vende para o PAA, cultiva verduras e laranja.
Distribuição – A Região Nordeste é onde se concentra a maior destinação dos recursos do PAA, chegando a 45%. Depois vem a Região Sul, com 28%, seguida da Sudeste, com 21%; da Norte, com 4%; e da Centro-Oeste, com 2%. Em 2009, hortaliças, raízes e tubérculos representaram 25% dos produtos adquiridos pelo PAA na modalidade compra com doação simultânea, operada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), governos estaduais e municipais. Em segundo lugar, ficaram as frutas, polpas e sucos, com 22%. Em terceiro, leite e derivados, com 10,4%.
PAA – O programa visa garantir acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situaç