Gravações e fotografias foram insuficientes para registrar tantas alegrias por parte das famílias agricultoras beneficiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas, o P1+2. No último dia 14, as famílias beneficiadas com cisterna-calçadão que foram contempladas na primeira etapa do Programa, reuniram-se no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Porteirinha, para avaliar as implementações, debater e traçar um panorama do antes e depois do processo de formação e mobilização social para convivência com o Semiárido através dos programas da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA).
O agricultor Joaquim, da comunidade rural de Fazenda Velha, município de Riacho dos Machados de tão orgulhoso, chegou a levar frutos da sua propriedade para partilhar com os demais agricultores. Além da partilha, ele como quase todos os outros, não se contiveram de tanta alegria e fizeram questão de dar o depoimento. Dona Maria José, mais conhecida como Zezé da comunidade Riachão, de Porteirinha, disse que o Programa foi completando a vontade de viver e morar na comunidade. Já em Capitão Enéas, até Seu Laurentino, diretor do Sindicato no município que foi convidar os beneficiados para participar da reunião, ficou assustado em ver tantas maravilhas e coisas bonitas!
Estiveram presentes, cerca de 100 famílias agricultoras dos municípios de Porteirinha, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas, Pai Pedro, Mato Verde e Capitão Enéas. Segundo João Gledson, coordenador do Programa na região, apesar do Programa, já ter construído na região, mais de 200 cisternas calçadão em mais de nove municípios da região, foram convidadas somente as famílias beneficiados na primeira etapa, pois estas famílias já tiveram tempo para avaliar melhor os impactos do programa.
O P1+2 é uma estratégia da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e na região é executado em parceria com o STR de Porteirinha e demais organizações populares locais. Em Minas Gerais, além do STR Porteirinha, são executoras e gestoras do Programa: a Cáritas Diocesa de Araçuaí e a Cáritas Regional de Minas Gerais, com atuação no Vale do São Francisco em parceria com a Cáritas Diocesana de Januária. Apesar de ser um programa da sociedade civil é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, MDA, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome, MDS e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba.
Além da cisterna-calçadão, o Programa implementa outras tecnologias para melhor convivência com o semiárido como o tanque de pedra, a barragem subterrânea e a bomba popular.
rc=”http://nemohuil