Começa nesta quarta-feira (03), em Surubim-PE, a Oficina Qualidade das Implementações promovida pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). O evento segue até sexta-feira (05) e contará com a presença dos coordenadores e animadores das Unidades Gestoras Territoriais (UGTs,) pedreiros, equipe técnica do Programa e convidados.
O objetivo é refletir sobre o processo de construção da barragem subterrânea e da cisterna-calçadão, buscando aperfeiçoar a edificação das implementações, bem como promover a troca de conhecimentos entre as UGTs. O evento visa, ainda, propiciar um diálogo entre técnicos e pesquisadores, favorecendo a construção de novos saberes em torno das tecnologias de convivência com o Semiárido.
Na manhã do primeiro dia (03), os participantes vão se dividir por estado para analisar os dados levantados pelas UGTs relativos à cisterna-calçadão: material utilizado, forma e tempo de construção, quantidade de água usada, dificuldades e propostas para melhorar o trabalho. À tarde, o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Paulo Roberto Lopes Lima, fará considerações sobre os aspectos construtivos da implementação.
No segundo dia (04), serão realizadas visitas de campo a quatro famílias da comunidade Cipoais, no município de Belo Jardim, a 20 km de Surubim, que possuem cisterna-calçadão. Após essa atividade, os participantes farão um planejamento de ações para melhorar a qualidade da tecnologia.
A oficina se encerra no dia 05 com uma discussão sobre a barragem subterrânea. No período da manhã, as UGTs farão um relato sobre a construção dessa tecnologia, a partir das suas experiências. Em seguida, o engenheiro agrônomo e doutorando pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Alexandre de Oliveira Lima, fará uma apresentação sobre a construção da barragem subterrânea. O produto final da oficina será a elaboração de um instrumento de monitoramento das implementações.
O Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) tem como objetivo promover a segurança e a soberania alimentar das famílias agricultoras do Semiárido, através do acesso e do manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos. Atualmente, o Programa trabalha com quatro tecnologias sociais: cisterna-calçadão, barragem subterrânea, tanque de pedra e bomba d’água popular.
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