A not+cia que esteve em evid+ncia durante a semana passada no congresso nacional foram as expectativas em torno da instala+-o da CPI da Aneel. No entanto, quando empresas, parlamento, partidos e governos se deram conta de que correriam o risco de tornar p+blico quest+es centrais do atual modelo energ+tico, rapidamente entraram em acordo, recuaram para que nada fosse investigado e a maior parte dos partidos pol+ticos que comporiam a Comiss-o retiraram seus nomes. Tal fato inviabiliza o funcionamento da CPI, que foi criada para investigar a forma+-o dos valores das tarifas de energia el+trica no Brasil e a atua+-o da Aneel na autoriza+-o dos reajustes tarif+rios.
Frente a isso, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) manifesta publicamente que a instala+-o de uma CPI deveria investigar com seriedade e colocar em evid+ncia as irregularidades que permeiam o setor el+trico brasileiro denunciadas pelo MAB e demais organiza++es e movimentos sociais, tais como os altos pre+os da energia el+trica cobrados pelas distribuidoras, as irregularidades das empresas estatais e privadas, das empreiteiras construtoras de barragens e sua fraudes, os financiamentos do BNDES, entre outras.
No entanto, mais uma vez o circo e o interesse das grandes empresas privadas prevaleceu e o povo continuar+ pagando pelas tarifas de energia el+trica o pre+o que significa um verdadeiro roubo, tal como temos dito desde que iniciamos a Campanha contra o Alto Pre+o da Energia El+trica. Afirmamos que o pre+o da luz + um roubo pois desde a privatiza+-o do setor, a energia el+trica se transformou em uma mercadoria estrat+gica para as empresas garantirem suas taxas de lucro, j+ que mesmo em tempos de crise, + uma das poucas mercadorias que mant+m o lucro extraordin+rio, comprovado pelo faturamento de R$ 103,035 bilh+es no ano passado apenas pelas distribuidoras.
Todos n?s sabemos que o atual modelo energ+tico penaliza o povo brasileiro, apropria-se dos recursos naturais e das pesquisas feitas pelo setor p+blico e favorece as multinacionais da energia e do setor eletro intensivo exportador. Al+m disso, o lobby dessas empresas tem sido muito forte, o que possivelmente intimidou os integrantes da CPI. O financiamento de campanhas eleitorais pelos chamados `donos da energia+, como revelou a opera+-o Castelo de Areia, da Pol+cia Federal, foi um desses casos. Cabe ao presidente da C+mara, Michel Temer, decidir sobre o futuro da CPI, mas pelas suas declara++es na imprensa, j+ podemos prever o que ir+ acontecer: +Acho que n-o h+ disposi+-o pol+tica para o funcionamento da CPI+, afirmou.
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