Representantes das organizações da ASA que vão atuar como unidades gestoras na construção das cisternas financiadas pela Cooperação Espanhola definiram um conjunto de estratégias para execução das atividades dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Essa ação fez parte da programação da oficina de planejamento realizada nos dias 7 e 8 de julho, no Hotel Campestre, em Camaragibe-PE.
As estratégias foram definidas por estado, a partir das etapas necessárias para a construção dos reservatórios previstos no termo de parceria: cisternas domiciliares, cisternas-calçadão, cisternas nas escolas.
Um dos principais aspectos definidos pelas organizações para a construção das cisternas nas escolas é a articulação com o poder público. Também foi citada a divulgação nas rádios comunitárias, com o objetivo de informar à comunidade as ações do projeto.
“A gente vai ter que ter uma relação com as secretarias de educação dos municípios e também um bom diálogo com os professores e funcionários das escolas, pois eles são personagens centrais para garantir a qualidade da água”, afirma Zé Coqueiro, coordenador da UGM Casa, da Bahia.
Ouça aqui a entrevista com Domingos Antônio, coordenador da UGM CAA/BA, e conheça a experiência do Projeto Cisternas nas Escolas desenvolvido pela entidade em parceria com o governo estadual |
Já Maria Odaléia, coordenadora da UGM Instituto Antônio Conselheiro, do Ceará, falou do desafio que a construção de cisternas nas escolas traz para as organizações. “Além de levar água para as escolas, vamos abrir o debate sobre a educação contextualizada”, justifica.
Os estados também apontaram, como uma das estratégias, o fortalecimento das comissões municipais. É o caso de Alagoas, que priorizou a formação das comissões nos meses de julho e agosto.
“Toda vez que a gente vai desenvolver uma nova etapa do Programa tem membros novos nas comissões municipais e isso gera uma quebra no processo de organização. Por isso, nesse momento, temos realizado encontros municipais focados não apenas nos programas da ASA, mas no conjunto de outras ações que estão postos como o Programa de Aquisição de Alimentos e o próprio PNAE [Programa Nacional da Alimentação Escolar], que foi uma conquista da ASA também”, explica Maria Eunice de Jesus, representante do estado.
Em relação à cisterna-calçadão, o coordenador da UGT Patac, Antônio Carlos Pires de Mello (Tônico), destacou que o estado pretende privilegiar o trabalho com as mulheres. “O arredor de casa<