Assassinatos por conflitos no campo aumentam 16,4%, aponta documento da CPT

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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) disponibilizou nesta segunda-feira (01) o relatório de Conflitos no Campo 2017. O documento está disponível para download gratuito e reúne dados sobre assassinatos e conflitos no campo que envolvem povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Boa parte das subversões são geradas por acesso à terra ou à água.

Na apresentação da publicação, a CPT destaca que “2017 escancara o alto preço que as populações do campo, sobretudo indígenas, quilombolas e homens e mulheres de outras comunidades tradicionais estão pagando como resultado do golpe político-parlamentar-midiático desfechado contra a democracia. Crescem de modo assustador os números da violência. 71 assassinatos é o maior número registrado desde 2003, quando se computaram 73 vítimas. É 16,4% maior que em 2016, quando houve o registro de 61 assassinatos e é praticamente o dobro de 2014, que registrou 36 vítimas”.

Um dado que chama a atenção tem relação com o número de massacres registrados no ano passado. “Como destacou o professor Cláudio Maia, em dois destes massacres, Colniza, MT,(9) e Pau D’Arco, PA, (10), o número de pessoas mortas só foi menor que o de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, com 19 mortes. Números de massacres, próximos aos de 2017, foram registrados somente no ano de 1985, com 10 casos e em 1987, com seis casos. Porém, em nenhum desses 16 casos, o número de mortes, por evento, chegou perto dos registrados em 2017.  Desde 1988 não se registrava, num único ano, mais do que dois massacres”, registra o documento.

Confira a publicação na integra  

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