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| Ato aconteceu no centro histórico do Recife | Foto: Daniel Lamir\Asacom |
No último dia 26 de abril, a Rede Globo de Televisão completou 50 anos. Sintomaticamente, ela foi fundada em 1965, um ano após a instalação do Regime Militar no Brasil e cresceu graças a incentivos públicos e isenções fiscais cedidas desde os governos ditatoriais. A emissora promoveu grandes festas para comemorar a data, assim como lançou produtos celebrativos. Na contramão da festa, Movimentos Sociais, Organizações, Sindicatos de Trabalhadore/as e Centrais Sindicais estavam dispostos a DEScomemorar a data, por isso foram promovidas diversas atividades no último domingo: atos de rua, panfletagem e escrachos em diversas partes do Brasil.
No Recife, o ato político-cultural aconteceu pelas ruas do Recife Antigo, centro histórico da cidade. O ato denunciava o Brasil como o país com a maior concentração de propriedade de mídia do mundo. O Grupo Globo de Comunicação possui 122 emissoras. Entre suas afiliadas várias são concessionárias de políticos tradicionais.
Para Iyalê Tahyrine, do Levante Popular da Juventude, a DEScomemoração foi importante para dialogar com a população sobre a importância da Democratização da mídia. “É preciso mostrar que a Globo não é democrática, não está ao lado do povo, nunca esteve. O monopólio é prejudicial e a manipulação de informações é uma constante da Globo, como no caso da juventude negra e pobre que é constantemente criminalizada pela grande mídia”, afirma.
A criminalização da juventude pobre e dos movimentos sociais foi sempre uma constante na história da emissora, assim como a estigmatização do espaço rural, seu território e suas lutas. Segundo Renato Feitosa, do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom), “além de denunciar estamos nas ruas para apresentar nosso projeto de lei de iniciativa popular da mídia democrática. É preciso que a sociedade conheça esse projeto”, finaliza.
