Agricultores/as reconhecem que vida no Semiárido é possível com o manejo sustentável da terra

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Agricultores, agricultoras e representantes das comissões municipais de convivência com o Semiárido da região de Maciço de Baturité, no Ceará, participaram do I Encontro Microrregional de Sementes realizado pela Organização Barreira Amigos Solidários (Obas), entre os dias 30 e 31 de agosto.

O momento foi de reflexão, partilha e também de confraternização. Na ocasião, a Obas comemorou dez anos de fundação. A caminhada, pautada pela mobilização, organização, participação e construção de viés para a convivência com o Semiárido, em um trabalho coletivo entre instituições, agricultores e agricultoras, foi vista como fundamental na luta por vida com dignidade, e por isso, comemorada desde o início do encontro.

A mística de abertura valorizou os frutos da agricultura familiar, apresentados ao som da música Frutos da Terra, de Renato Braz. O momento orante proporcionou uma partilha de vida, que se estendeu com a exposição do tema.

A temática Sementes Crioulas: Conservação da Biodiversidade, Produção e Comercialização abriu um debate sobre as consequência que as sementes transgênicas podem trazer à agricultura, com produção de alimentos não saudáveis e ameaça à biodiversidade.

As estratégias de manejo da terra para a conservação da biodiversidade, apresentadas por Marcus Vinícius, coordenador do Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar), provocou nos participantes, abertura para falar sobre o desrespeito ainda cometido contra a natureza. 

Seu Izídio, agricultor e integrante da comissão municipal do município de Itapiúna, evidenciou que ainda há muitas queimadas em sua região e que isso acontece devido à falta de orientação sobre o manejo da terra.

Os participantes questionaram sobre a necessidade de uma maior orientação quanto às consequências que o mau uso dos recursos naturais pode trazer ao próprio ser humano e quanto ao uso sustentável da natureza, sem prejudicar a produção agrícola.

Outro momento importante do encontro foi a visita à família de dona Océlia, na comunidade Uruá, no município de Barreira e à família de Elizângela, na comunidade Maguari, no município de Aracoiaba.

A partir da experiência de produção agroecológica desenvolvida pelas famílias, os participantes reconhecem que é possível sim, produzir de forma sustentável, tanto do ponto de vista econômico como sustentável. 

Ao final do encontro, os/as participantes assumiram o compromisso de mapear a produção agroecológica nos seus municípios, no intuito de incentivar a comercialização da produção da agricultura familiar diretamente ao consumidor, para valorizar e incentivar outras famílias a produzir.  

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