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Comunidades reivindicam o fim da pulverização aérea na Chapada do Apodi |
Trabalhadores e trabalhadoras dos municípios cearenses que integram a Chapada do Apodi e representantes de movimentos sociais participam nesta quarta-feira, 12/5, de uma audiência pública sobre a implementação da lei municipal contra a pulverização aérea e o uso de agrotóxicos na região. A audiência acontece às 15h, no auditório da Faculdade de Filosofia (Av Dom Aureliano Matos, 2058), em Limoeiro do Norte.
A lei contra a pulverização aérea nas plantações na Chapada do Apodi foi aprovada em 2009 na Câmara Municipal de Limoeiro do Norte e representa uma grande conquista para os moradores e organizações sociais. No entanto, as empresas ligadas ao agronegócio reagiram à proposta e, até o momento, a lei não foi sancionada pelo prefeito do Município.
A luta contra o uso de agrotóxicos na região é antiga, mas ganhou força nas últimas semanas depois que o agricultor, líder comunitário e grande defensor do projeto, José Maria, foi assassinado brutalmente, no dia 21 de abril, próximo a sua comunidade (veja mais sobre esse assunto aqui).
A Chapada do Apodi concentra as maiores áreas irrigadas com águas subterrâneas do Ceará, com destaque para a fruticultura para exportação. Um estudo realizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) na Chapada do Apodi constatou que a água da região está altamente contaminada, provocando diversos problemas de saúde para os moradores.
Brasil – De acordo com o jornal Valor Econômico, em 2009, o Brasil bateu recorde no uso de agrotóxicos. A venda de defensivos em 2009 chegou ao volume de 1,06 milhão de toneladas, o equivalente a uma utilização de 22,3 quilos de defensivos por hectare na safra 2009/10. Esse valor representa um volume 7,8% maior do que o aplicado em 2008/9 (20,7 quilos por hectare), considerando a venda de 986,5 mil toneladas em 2008. As categorias de defensivos mais vendidas foram a de herbicida (632,2 mil toneladas) e de fungicidas (127,8 mil toneladas).
rc
