O acesso à água, principalmente a de consumo humano, sempre foi algo que motivou a luta de muitas comunidades ao longo do tempo, e com a comunidade Tradicional de Fundo de Pasto Açude da Rancharia não foi diferente. Localizado a 75 km da sede do município de Juazeiro-BA, o local foi batizado com esse nome devido a uma comunidade vizinha que se chamava Rancharia e que tinha um lago, construído em 1918.

Através do acesso ao programa 1 terra e 2 águas (p1+2), a quilombola Ana Lúcia Soares Bispo e seus 6 filhos tiveram a oportunidade de ter acesso à alimentação saudável e diversa através do quintal produtivo. Nascida e criada na comunidade Orion, no Quilombo Brejo dos Crioulos, em Varzelândia (MG), ela reflete como a chegada das duas cisternas possibilitou a sua famílias mais dignidade e valorização do território tradicional.

A Associação Terra Jovem, na comunidade Quixabeira, município de Água Branca, foi criada em 2006 por iniciativa de um grupo de 10 jovens que participavam do sindicato rural e que tinham formado, em 2003, a Associação Novo Horizonte. Após 18 anos, quatro pessoas que estavam na fundação continuam na associação que é composta hoje, em sua maioria, por pessoas da mesma família.

Francisco Lucas da Costa, de 85 anos, está casado há 64 anos com Raimunda Ribeiro da Costa, de 86 anos. Juntos eles tem 9 filhos e 30 netos. O casal mora na comunidade Novo Horizonte, em São Raimundo Nonato (PI). Francisco começou a trabalhar desde muito jovem com seus filhos e sua esposa no beneficiamento da mandioca, em uma área de 40 hectares que comprou no assentamento Novo Horizonte em 13 de Agosto de 2001.

Residentes na comunidade Bananeiras, município de São José da Tapera, médio sertão de Alagoas, seu Dedé, 71 anos, aposentado, Gilda Alves Oliveira Melo, 62 anos, aposentada, e os filhos, Manoel, Luciano, Marlo e as filhas Gizelda e Vilma são protagonistas de uma história de vida que foi transformada com a implantação de uma barragem subterrânea, tecnologia de captação e armazenamento de águas das chuvas.