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Cultivo de hortaliças apresentados no intercâmbio. | Foto: Luciane Barros |
Na última semana do mês de julho, aconteceram três intercâmbios intermunicipais, envolvendo agricultores/as das comunidades Peixe, Riachão e Biquinha, município de Lagoa Real, que conquistaram as tecnologias de produção do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). A atividade foi realizada pela Associação Divina Providência, que integra a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Os agricultores/as visitaram a Escola Família Agrícola, localizada na comunidade Deus me Livre, município de Caculé, no sertão da Bahia, que há 30 anos vem trabalhando com filhos e filhas de agricultores. Trabalho esse, voltado para a convivência com o Semiárido e educação contextualizada. Os alunos estudam em alternância, ou seja, 15 dias na escola e 15 na família/comunidade, formando técnicos em agropecuária.
As visitas aconteceram nos recintos dos animais, viveiros de mudas, cultivo de hortaliças, pomar, casa do mel, barragem subterrânea, além da separação do lixo e processo de transformação do lixo orgânico em composto, dando destinação final para todos os resíduos.
A agricultora Maria Lúcia de Jesus, da comunidade Biquinha, ressalta a importância das atividades do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) para as famílias que conquistaram as tecnologias sociais da ASA: “Com o P1+2, estamos aprendendo a trabalhar a terra de forma agroecológica, sem uso de venenos, controlando as pragas com o uso de defensivos naturais, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de nossa família”, afirma.
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Agricultores/as das comunidades Biquinha, Peixe, Riachão e equipe técnica. | Foto: Anselmo Cardoso |
Marcos Costa, morador da comunidade Peixe, avalia positivamente o intercâmbio para os agricultores/as das comunidades de Lagoa Real: “Essa visita na Escola Família Agrícola nos proporcionou um aprendizado em toda a parte do manuseio das atividades agrícolas. Todos nós vamos sair com a cabeça cheia de conhecimentos para produzir alimentos de qualidade. A partir de agora vamos colher nossos frutos, sabendo o que estamos consumindo”, argumenta.
Os intercâmbios possibilitam a troca de conhecimentos entre agricultores/as, além de conhecerem experiências bem sucedidas de famílias que adotaram estratégias de convivência com o Semiárido.