Em sítio Rio Novo, na comunidade de mesmo nome, no município de Apodi, região oeste do Rio Grande do Norte, um grupo de 20 mulheres desafiou-se a encontrar soluções simples para a convivência com o Semiárido. Com incentivos de um pároco local que captou recursos da cooperação alemã, a comunidade executou um pequeno projeto que foi a ‘ponte’ de partida para conquista da autonomia e da liberdade das mulheres. O projeto se transformou numa Associação, que captou recursos da CONAB. Com isso, das riquezas da região passaram a fazer o beneficiamento das frutas e a produzir doce de banana, mamão com coco, bolo de milho e doce de leite. Os doces foram comercializados através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal. O plantio da banana acontece num lote de terra cedido pelo primo de dona Elza. As mulheres investiram em formação e realizaram cursos de capacitação pelo SENAI. “Foi a partir da Associação que passamos a ter pequenos conhecimentos e ações”, assegura Dalvaneide. As mulheres contam com assessoria técnica do CF8 – Centro Feminista 8 de Março, organização potiguar que compõe a Articulação Semiárido Brasileiro – ASA. A rotina de autogestão da Associação garantiu confiança e determinação para as mulheres. O próximo desafio é conquistar o Selo de Inspeção Municipal (SIM) para poder comercializar os produtos agroecológicos em feiras e/ou empresas.