“O Semiárido mudou. Hoje temos um outro olhar sobre nossa região”

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“O Semiárido mudou. Hoje temos um outro olhar sobre nossa região”
(Abmar da Silva Ribas – Professor da Escola Municipal Olavo Bilac da comunidade de Gameleira – Anagé)

Educação contextualizada em debate | Foto: Joabes Casaldáliga / Arquivo Cedasb

A fim de sensibilizar educadoras e educadores com a proposta da educação contextualizada para a convivência com o Semiárido, a equipe do projeto Cisternas nas Escolas do Cedasb realizou a primeira Oficina de Educação Contextualizada com os professores que atuam nas séries iniciais em comunidades rurais do município de Anagé (BA).

Os participantes debateram sobre a importância do trabalho das organizações da sociedade civil para o fortalecimento das comunidades rurais e conheceu um pouco mais sobre a atuação e as lutas que as organizações que compõem a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) têm travado para fazer com que o acesso às políticas públicas possibilite melhor qualidade de vida ao homem e a mulher do campo.

A equipe do Cedasb trouxe para o centro do debate o projeto Cisternas nas Escolas que é uma ação da rede ASA financiado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e será executado em seis municípios da Região Sudoeste da Bahia: Anagé, Caetanos, Belo Campo, Tremedal, Encruzilhada e Vitória da Conquista, com o objetivo de levar para rede municipal de ensino a oportunidade de ter ao lado das escolas rurais uma cisterna de consumo humano com capacidade de armazenar 52 mil litros que para além de guardar a água da chuva chega para suscitar na comunidade escolar a importância da educação como meio de valorização e transformação do Semiárido.

A partir das experiências de vida de cada professor e professora, as discussões seguiram adiante buscando desconstruir a visão de uma solução para o Semiárido que caminha pelo “combate à seca” para a construção de uma proposta de convivência com o Semiárido tendo como base a valorização do saber popular e a construção coletiva do conhecimento.

Acalorados pelo debate, o segundo dia da oficina foi o momento de apresentar aos educadores e educadoras sobre a proposta da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido e discutir como podemos inserir no dia a dia da escola elementos do Semiárido para que crianças e adolescentes possam através de elementos que fazem parte da sua realidade, considerando as vivências cotidianas, aprender a partir do “chão onde pisam”.

Animados com a proposta de podermos continuar nos próximos módulos com a construção de uma proposta diferente de educação que valorize a comunidade e seus educandos/as e contribua para a política de convivência com o Semiárido caminhando juntos, professores, alunos, comunidade e Cedasb para os próximos passos do projeto.

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