Retomada das mobilizações no sudoeste baiano

Comunidade quilombola em Anagé recebe primeira mobilização em retorno do P1+2 à região

Compartilhe!

 
Comunidade quilombola de Anagé participa de processo de mobilização. | Foto: Rodrigo de Castro/Arquivo Cedasb

Colher e guardar água da chuva para possibilitar a produção de alimentos, contribuindo para a promoção da segurança alimentar e nutricional das famílias que vivem no Semiárido. Esse é o objetivo do P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas), que desde 2006 insere tecnologias sociais de captação e armazenamento de água, a exemplo da cisterna-calçadão e o barreiro-trincheira, na vida de milhares de agricultores e agricultoras.

A fim de dar continuidade a esse trabalho, a ASA (Articulação Semiárido Brasileiro) iniciou no mês de abril um novo termo de parceria do P1+2 em todo o Semiárido brasileiro.  O CEDASB (Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia), Unidade Gestora Territorial responsável pelo programa na região sudoeste da Bahia, inaugurou na última quinta-feira (02/05) suas atividades de mobilização com uma reunião na comunidade quilombola Água Doce, no município de Anagé.

“Água é vida, e saber que está vindo essas caixas pra gente guardar essa vida que caí do céu é uma benção”, afirma seu Manoel Novaes, ex-presidente da associação de moradores local. Para ele, as tecnologias sociais do P1+2 serão fundamentais para que a comunidade supere as dificuldades com a falta d’água.

Para a região de Água Doce serão implementadas sete cisternas-calçadão, cinco cisternas-enxurrada e cinco barreiros-trincheira, beneficiando dezessete famílias no total. Na visão de dona Flora Novaes será a oportunidade das pessoas trabalharem mais na terra, por causa da água que será guardada. “Se a gente tiver água guardada poderemos plantar. E plantando, a gente terá o que comer sem precisar comprar fora”, diz reforçando as melhorias que virão para as famílias beneficiadas.

A ASA, através do CEDASB, atua com os mesmo municípios onde o P1+2 foi implantado em 2012 (Anagé, Bom Jesus da Serra, Cândido Sales e Encruzilhada), dando continuidade a perspectiva de desenvolver a produção agrícola nessas localidades, com financiamento do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome).

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *