Entre os dias 14 e 28 de janeiro a professora Marlene Dantas, da Universidade Estadual de Santa Cruz, localizada no sul da Bahia, esteve no Ceará visitando experiências de convivência com o semiárido acompanhadas pela Cáritas Regional Ceará. A professora foi na comunidade de Bueno, no município de Irauçuba, na comunidade quilombola Três Irmão, em Croatá, e na comunidade Baixa Verde, em Saboeiro.
ASA – Como foi que você tomou conhecimento do trabalho aqui na Ceará?
Marlene – Assisti ao vídeo no You Tube sobre a agroflorestação. Goatamos muito do vídeo, eu e o meu grupo de estudos na Universidade. A partir do vídeo tomamos conhecimento do trabalho exemplar da Cáritas, no Ceará.
ASA – Como foi à visita as comunidades?
Marlene – A visita foi extraordinária e muito construtiva. Tivemos muitas trocas de experiências nas comunidades. Lá conversamos muito a respeito das boas práticas da Agricultura Familiar: noções de cidadania, segurança hídrica, segurança alimentar, sacralidade, amor ao planeta, amor as pessoas, compartilhamento justo dos recursos, ervas medicinais, cooperativismo nas comunidades, noções de permacultura.
ASA – Qual a contribuição da Universidade no processo da construção do conhecimento agroecológico?
Marlene – O papel da Universidade é ter uma extensão forte, proativa, inserida nas comunidades e ela não vem cumprindo esse papel. A ciência não é neutra e ela também tem que ser instrumento de mudança.