Segurança Alimentar
07.12.2020
FAO e ASA iniciam no Semiárido pesquisa global sobre impacto do Covid-19 nas famílias agricultoras

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Quais estratégias das famílias agricultoras que tiveram acesso a políticas públicas estruturantes diante da pandemia? | Foto: Valda Nogueira/Arquivo ASA

De hoje (7) até o dia 18 deste mês, aproximadamente duas mil famílias agricultoras do Semiárido serão entrevistadas sobre o impacto do Covid-19 nas suas vidas.
Trata-se da primeira etapa de uma pesquisa que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vai realizar em todo o mundo, intitulada “Consulta global sobre os desafios dos agricultores familiares e pequenos produtores no contexto do COVID-19: insumos para estratégias de recuperação”.

O objetivo da ação é conhecer, avaliar e monitorar as estratégias das famílias agricultoras do Semiárido brasileiro para a produção de alimentos e frente à pandemia para o desenvolvimento de políticas dirigidas a este público. No Brasil, a pesquisa está sendo aplicada pelas organizações que fazem parte da ASA e atuam nos nove os estados da região e executam, atualmente, a terceira etapa do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

As famílias brasileiras do Semiárido, sorteadas pela FAO para participar da entrevista, acessaram em 2018 e 2019 duas importantes políticas públicas – a de acesso à água e de fomento produtivo – por meio do P1+2, realizado pela ASA com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Associar oferta de água a recursos para investimento na propriedade foi uma ação que impulsionou a vida das famílias agricultoras atendidas. Antes em situação de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional, as famílias passaram a dispor de melhores condições para diversificar e ampliar a sua produção de alimentos no quintal de casa. Em 2020, foram desenvolvidas ações para promover a comercialização da produção que a família não consome.