Por Verônica Pragana | ASACom

Nos dias 17 e 18 de março, a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), organização que gerencia os projetos da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), realizou a primeira atividade oficial de assessoria aos governos estaduais que executarão o programa Sertão Vivo. A atividade foi realizada no Ceará, que está mais avançado na execução da iniciativa.
O Sertão Vivo vai aportar cerca de R$ 1,75 bilhão, beneficiando cerca de 430 mil famílias agricultoras em seis estados do Semiárido (Ceará, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Piauí e Paraíba). As ações visam aumentar a resiliência dos sistemas de produção agrícola e restaurar ecossistemas degradados na região semiárida brasileira, promovendo a redução das emissões de gases do efeito estufa.
No Ceará, durante os dois dias de atividade, as equipes da AP1MC e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário (SDA) discutiram os primeiros passos do projeto que chegará a mais de 60 mil famílias de 72 municípios cearenses.
A ação engloba implementações de sistemas produtivos resilientes ao clima e formações relacionadas ao tema, como o acesso à tecnologias de captação e armazenamento de água para produção e o apoio à agricultura familiar de base agroecológica.
De acordo com o Secretário Executivo da SDA, Marcos Jacinto, esse é um projeto estratégico para o estado e será a primeira vez que o Ceará trabalhará numa escala como essa. “Queremos colocá-lo em prática o mais breve possível e superar os desafios que possam surgir. Ter a AP1MC e a rede ASA nesse projeto conosco é um ganho para nós”, afirmou.
Antônio Barbosa, da AP1MC, avalia que o diálogo e a construção com a equipe cearense também contribuirá na construção de instrumentos e parâmetros para outros estados, que ainda estão em processo de contratação e repasse de recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Projeto Sertão Vivo é uma iniciativa do BNDES com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), através do Fundo Global para o Clima, e tem objetivo de unir três desafios para o Brasil: enfrentamento da pobreza, enfrentamento da emergência climática e produção de alimentos saudáveis e sustentáveis.
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