“Todo mundo dizia que eu não iria passar dos 15. Mas ó, tô aqui, firme e forte, 29 anos, venci a estatística. Um homem feito, trabalhador. Mas passei meu veneno na Fundação Casa, vou dizer. Na época era Febem ainda. Tudo começa porque a gente não tem estrutura aqui na periferia. A molecada corre pra onde? Pra rua. O refúgio é rua, sempre foi. Eu recebi educação da minha mãe, guerreira, criou sozinha cinco filhos. Mas quem me ensinou mesmo foi a rua. Já passei fome na rua, já bati na rua, já apanhei na rua”, conta Pixote, na pracinha perto da sua casa, no Jardim Vazame, região metropolitana de São Paulo. “Com 13 anos eu era moleque doido, a gente não tinha o que fazer. Comecei a roubar junto com outros meninos daqui. A gente roubava mercadinho, coisa pequena. Minha mãe dormia no serviço, e minha irmã não conseguia me segurar em casa. Um dia nós pulamos o muro de uma casa pra roubar roupa, CD, sem arma, nem era pra vender na quebrada, era só coisa pequena que a gente queria. Daí fomos abordados pela polícia, já no caminho de volta. Eles bateram, falaram que iam matar a gente. Foi a maior decepção pra minha mãe. Fiquei um ano na Febem, que depois virou Fundação Casa, mas que de casa não tem nada porque aquilo é cadeia. Apanhei muito lá dentro, sem motivo. Eles tiravam a gente do quartinho e espancavam. Vi cada coisa naquele lugar. Quando eu saí, pensei na minha mãe. Que não queria dar desgosto pra uma mulher que não merecia. Mas se fosse pensar no que passei lá dentro… A cabeça não sai boa, a gente não aprende nada na ‘cadeia’. Eu limpei bosta com a mão. Nem era minha. Foi a única vez que ouvi um por favor lá dentro. ‘Por favor, limpa essa merda com a mão.’ Daí agora querem botar a molecada na cadeia mesmo, misturada com os mais velhos. Acham que eles vão sair uns anjos de lá? Vão sair três vezes pior, com um garfo na mão espetando até o cão. Eu tive sorte, sobrevivi. Mas muitos não têm.”
01.06.2015INPE Nordeste mapeia desmatamento da CaatingaSite - MundoGeo
O grupo de Geoprocessamento do Centro Regional do Nordeste (CRN) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Natal (RN), apresenta resultados preliminares do monitoramento por satélite da Caatinga. Já foi mapeada uma área de aproximadamente 90 mil Km², o que representa 14% dos seis Estados e 9,15% do total da Caatinga. Até o momento, o monitoramento revela 40% de Caatinga Preservada, 45% de Caatinga Degradada, 7,2% de Solo Exposto, 6,5% de lavoura e 0,7% de corpos d’água.
20.05.2015Dossiê Abrasco sobre Agrotóxicos no Sala de ConvidadosSite - Canal Saúde - Fiocruz
20.05.2015Pastorais do Campo do Nordeste realizam Encontro para fortalecer articulação com povos e comunidades tradicionaisSite - Racismo Ambiental
Nos próximos dias 25 e 26 de maio, em Olinda/PE, acontecerá o Encontro das Pastorais do Campo do Nordeste. O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Pastoral da Juventude Rural (PJR), a Cáritas e o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) reunirão seus regionais de estados do Nordeste com o propósito de fortalecer as articulações locais e regionais no que diz respeito à ação missionária das Pastorais do Campo na difícil conjuntura, bem como refletir como apoiar às lutas das comunidades e dos povos tradicionais.
13.05.2015Casa Agroecológica em Glória do Goitá/PETV - Jornal Nacional - Globo