![](/images/imprensa/capa-giro-imprensa.png)
Cerca de 10 Famílias da comunidade Sítio do Alto, em Arapiraca, agreste alagoano, que não possuem acesso à água denunciam que esperam há anos por uma cisterna do programa Água Para Todos. Eles se cadastraram no programa em 2012, mas até agora não foram contemplados com os reservatórios.
Para assistir à reportagem, clique sobre a imagem.
Os próprios agricultores cavaram os buracos para a instalação dos reservatórios, mas até agora as cisternas não chegaram. Sem a cisterna, o agricultor Osvaldo Antonio da Silva é obrigado a comprar água. “Cada tambor é R$ 10, pesa no bolso”, diz.
Os beneficiários do programa devem ser famílias que residam em áreas rurais, vivam em situação da pobreza ou extrema pobreza, recebam uma renda per capita de até R$ 140, tenham carência de acesso à água e estejam inscritas no cadastro único de programas sociais do Governo Federal.
No povoado Alto do Galdino, a equipe de reportagem da TV Gazeta flagrou uma cisterna instalada em uma residência que aparentemente foge dos critérios estabelecidos pelo programa. Em outra residência, uma moradora recebeu a cisterna mesmo possuindo água encanada. “A cisterna é cheia com água da torneira. Recebi esse ano”, revela a moradora.
No povoado Lagoa Cavada, outros exemplos de moradores com acesso à água encanada e que recebem as cisternas. Na Vila São Francisco, também em Arapiraca, os moradores denunciaram que uma propriedade fechada há muito tempo abriga uma cisterna do programa, contrariando os critérios de instalação dos reservatórios. Não mora ninguém aí, vive fechado”, garante um agricultor.
O presidente do Comitê Gesto do Programa Água Para Todos, Brás Antonio de Farias, em Arapiraca disse que está aguardando um posicionamento da Companhia de Desenvolvimento Dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), entidade executora do programa, sobre a chegada de novas cisternas. “O que faltou para Arapiraca foi um complemento porque a demanda foi grande. Iremos no começo do mês a Penedo conversar com a superintendência do programa em Alagoas para que a gente atenda, no menor período de tempo possível, essas comunidades”, explica o gestor.
Farias comentou ainda as denúncias feitas na reportagem. “Os comitês gestores do município informam esse tipo de denúncia para que a Codevasf tome as devidas providências”, completou. Já o superintendente da Codevasf em Alagoas, Ivan Craveiro, disse que a comunidade onde há encanamento receberam as cisternas do programas porque sofrem com a deficiência de água encanada. Ele falou ainda que até agora foram instaladas mais de 2 mil cisternas em Arapiraca e que outras 204 serão instaladas até o fim de ano.