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12.05.2014
Jornalistas debatem sustentabilidade para o Semiárido Brasileiro
Site - Cada Minuto


Por Davi Soares

Natal (RN) - Com o tema “Desenvolvimento Social e Políticas Públicas – os desafios da comunicação”, a Fundação Banco do Brasil (FBB) promove, desde o dia 7 até hoje, debates sobre o acesso e preservação de recursos hídricos, os desafios da gestão de resíduos sólidos e a atuação do Jornalismo para a mobilização e geração de pautas sociais. O 8º Encontro de Jornalistas do Nordeste, realizado em um hotel de Ponta Negra, em Natal, tratou de diversos temas ligados às tecnologias sociais e políticas públicas para a agroecologia, como o acesso à água e a gestão de resíduos sólidos no Brasil.

O evento contou com a presença do presidente da FBB, Caetano Minchillo, representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e de profissionais que debateram temas de suas especialidades com 80 jornalistas presentes.

Durante o encontro, o presidente da FBB destacou o investimento de mais de R$ 330 milhões da entidade em cinco eixos de atuação no incentivo a projetos que beneficiem a agricultura familiar e ações de cunho ecológico e social.

Minchillo também destacou a parceria com entidades articuladoras do programa Água para Todos, desenvolvido em parceria com o governo federal para a construção de cisternas de placas, que já contemplaram mais de quatro mil famílias em Alagoas e de 60 mil em todo o Semiárido do Norteste. O coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Igor da Costa Arky lembrou que a meta do Água para Todos de construir 750 mil cisternas nos quatro anos do governo de Dilma Rousseff caminha para ser concluída. O Água para Todos foi lançado pela presidente em 2011 em Arapiraca, quando também foi instituído o Brasil Sem Miséria.

“É muito bom fazer parte deste programa que beneficia tantas famílias, com a garantia da segurança alimentar e aumento da renda no Semiárido, onde vivem mais de 22 milhões de brasileiros. Temos muito orgulho disso. Mas destaco que, se não houver o protagonismo social de quem recebe as cisternas, nada será possível. Não fazemos filantropia”, afirmou o presidente da FBB, cuja demanda inicial de participação no Água para Todos foram os municípios de Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa.

Tecnologia social

Durante o encontro, a FBB fez o lançamento do livro “Cisterna de Placas – Tecnologia Social como Política Pública para o Semiárido Brasileiro”, que mostra que somente de maio de 2012 a junho de 2013, democratizou a distribuição da água por meio da construção de 3.733 cisternas de placas, que beneficiaram 15,3 mil alagoanos.

No fim da tarde de quinta-feira (8), o CadaMinuto integrou o grupo de jornalistas que viajou até o município de Santo Antônio-RN para conhecer a família do agricultor Noé Pereira da Silva, 46 anos, que desde novembro de 2013 mudou a rotina familiar de busca de água e necessidades alimentares a partir da instalação de duas cisternas de placas: uma que direciona a água da chuva que cai no telhado o reservatório de 16 mil litros de água para consumo humano, e outra no modelo calçadão, com 52 mil litros, cuja água que escorre de uma laje de 10 metros de largura por 20 metros de cumprimento é utilizada para o trabalho doméstico e a produção de alimentos e consumo animal.

“Muitas vezes eu saia meia-noite para buscar água e voltava amanhecendo, para ir trabalhar, sem água”, contou seu Noé, ao lado da esposa Maria Lúcia e do filho Ismael, que produz e vende hortaliças e frutas na feira do município.

No último dia do encontro, está sendo debatido os desafios na gestão dos resíduos sólidos no Brasil, a agroecologia e a comunicação de pautas sociais.

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