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Ministério da Integração Nacional apontou a Paraíba como o terceiro Estado do país com mais número de municípios abastecidos por carros-pipa do Exército Nacional, num total de 77 cidades que sofrem com a falta de água.
Cerca de 1,2 milhão de nordestinos, o equivalente a mais da metade da população do Estado de Sergipe também dependem da ajuda do Exército para receber água em suas casas.
Devido à seca que atinge o sertão, 542 municípios de sete Estados da região, além do norte de Minas Gerais, estão sendo abastecidos por carros-pipa controlados pelos militares.
Com 153 municípios atendidos, a Bahia é o Estado com o maior número de localidades abastecidas pelo Exército. Segundo o Comando Militar do Nordeste, o Ceará, com 93 cidades, vem em segundo lugar, seguido da Paraíba, com 77, e Pernambuco, 73.
A operação, que envolve 1.076 caminhões e 810 homens do Exército, já custou este ano ao governo federal R$ 155 milhões, segundo o Ministério da Integração Nacional.
A água é levada a escolas e comunidades desabastecidas, a maioria na zona rural, e distribuída em reservatórios de uso comum. Homens, mulheres e crianças com baldes nas mãos formam filas nas ruas.
Em alguns pontos do sertão não chove há quase um ano. Em outros, a chuva foi intensa no início do ano e mal distribuída nos meses seguintes. Com isso, os reservatórios encheram, mas em pouco tempo secaram.
Com 153 municípios atendidos, a Bahia é o Estado com o maior número de localidades abastecidas pelo Exército. Segundo o Comando Militar do Nordeste, o Ceará, com 93 cidades, vem em segundo lugar, seguido da Paraíba, com 77, e Pernambuco, 73. Ainda de acordo com o Comando Militar, no Piauí, 58 municípios recebem água de carros-pipa. Em Minas, no Vale do Jequitinhonha, 43 localidades estão na mesma situação.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) em Recife afirma que a seca é decorrente do El Niño, fenômeno climático de aquecimento das águas do oceano Pacífico na costa oeste da América do Sul.
No Brasil, os efeitos do El Niño são sentidos principalmente na forma de chuvas intensas no Sul do país e agravamento da seca na região Nordeste. Segundo o chefe do setor de previsão do tempo do instituto, Reginaldo Correia de Araújo, a tendência no sertão para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro é de chuva abaixo da média histórica do período.
O ciclo chuvoso no semiárido vai de outubro a abril. As primeiras chuvas atingem o oeste da Bahia e o sul do Piauí e depois seguem rumo ao litoral. Esse ciclo começou normalmente no mês passado, mas parou em novembro, quando não foram registradas chuvas significativas no sertão. O Inmet prevê que o El Niño permaneça em atividade até março.