O município de Ibicuitinga, Sertão Central, sediou o Fórum Micro Regional Pela Vida no Semi-Árido. O evento contou com a participação dos municípios que compõem a microrregião do Jaguaribe e é promovido pela ASA – Articulação no Semi-Árido, um dos mais abrangentes, organizados e ativos fóruns de entidades civis já implementado no país, que atua em prol do desenvolvimento social, econômico, político e cultural do nordeste.
O evento aconteceu no auditório do Fórum Desembargador José Maria de Melo e teve a presença de diversos setores da sociedade civil e de entidades, como a Cáritas Diocesana, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibicuitinga, Instituto Antonio Conselheiro de Quixadá, Vigilantes da Água também de Ibicuitinga dentre outras entidades.
Estiveram presente representações dos municípios de Russas, limoeiro do Norte, Morada Nova, Tabuleiro do Norte, Itaiçaba, Aracati, Ibicuitinga e a visita de representantes das cidades de Quixadá e Quixeramobim.
Logo na abertura houve a apresentação de todos os integrantes e a recepção feita pela Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibicuitinga senhora Dijesus. O instituto Antônio Conselheiro da Cidade de Quixadá participou do Fórum especificamente para operar recursos do convênio do Governo do estado nesta Microrregional.
Os Grupos “Vigilantes da Água” apresentou o seu trabalho que tem sido destaque em todo o país. O Grupo tem cuidado do monitoramento da qualidade da água do Açude Muquém, principal ponto turístico de Ibicuitinga. O trabalho dos Vigilantes da Água envolve toda a comunidade é visto como referencia na região segundo nos fala Moésio Nobre um dos agentes do grupo. Segundo ele costumes como os de lavar carro e banhar animais dentro do açude acabaram depois da atuação dos vigilantes. O trabalho realizado em parceria com a Cáritas Diocesana e a EMBRAPA visa à conservação do leito do rio Palhano, que nasce n comunidade de Descanso em Ibicuitinga.
Ainda na apresentação dos trabalhos iniciais o Agricultor Bráulio residente no Assentamento Horizonte Contendas Carrapicho expressou em versos e prosa os perigos dos agrotóxicos para o meio ambiente, segundo ele nunca usou agrotóxico em sua lavoura e que nem por isso deixou de produzir.
Após a apresentação dos trabalhos desenvolvidos nas comunidades foram formados grupos de discussão na busca de alternativas para a convivência com o semi-árido. A idéia é um intercâmbio entre os municípios presentes que trocam idéias dos diferentes projetos desenvolvidos em diversas comunidades. Além de discutirem formas de convivência com o solo seco do sertão, os participantes colocam em pauta a busca por mais apoio ao trabalho desenvolvido, garantindo uma melhor estrutura e condições dos grupos estarem presentes a todos os encontros.