ASSÚ - Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Assú, o agricultor Francisco de Assis da Silva, "Diassis do Limoeiro", é de opinião que o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), iniciativa levada a efeito através da organização não-governamental Articulação do Semiárido (ASA), ao lado de diversos parceiros, inclusive o Governo Federal, tem ajudado significativamente a minimizar o problema do desabastecimento nas áreas rurais.
O representante sindical se coloca como uma testemunha ocular desta verdadeira transformação que, conforme atesta, verifica-se em vários lugarejos rurais de Assú.
"Diassis do Limoeiro" reconheceu que o número de cisternas até aqui disponibilizado para o município ainda não foi suficiente para atender toda a demanda. "É necessário que todos compreendam que, além de Assú, o programa tem que assistir a outros municípios da região e do Estado", ressaltou.
"Mas, na medida do possível, temos conseguido garantir mais vagas dentro do programa", complementou. Ele contou que no último final de semana percorreu ao lado de outros representantes comunitários diversas povoações ainda não contempladas pelo programa.
O dirigente sindical rural explicou que a peregrinação teve por finalidade dar seguimento ao processo de cadastramento das localidades para uma nova etapa de construção de cisternas.
Assú foi contemplada com 190 unidades nesta etapa
Segundo o sindicalista Francisco de Assis da Silva, "Diassis do Limoeiro", nesta fase, a cidade do Assú foi atendida com um total de 190 depósitos d'água.
"Mais uma vez é preciso esclarecer que é óbvio que esta quantidade não vai dar para atender toda a procura", adiantou. "Diassis do Limoeiro" adiantou que a questão tem sido atentamente discutida com os habitantes em cada comunidade visitada.
"Temos levado a todos a realidade do programa e dizendo que, lamentavelmente, não vai ser possível atender à expectativa de todos", disse, afirmando que os argumentos têm encontrado ótima compreensão das pessoas.
"Diassis do Limoeiro" antecipou que, após a aprovação da destinação das cisternas por cada povoado, os moradores precisarão participar de um curso de gestão hídrica que será ministrado por um dos parceiros do programa, a cooperativa CooperVida, de Mossoró.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Assú essa capacitação é de fundamental importância. "É por meio deste curso que os beneficiários do programa receberão noções de como gerir bem sua cisterna", observou.
"Muita gente pode pensar que é somente cavar um buraco e construir a cisterna, porém, é indispensável que se tome algumas precauções para evitar que o benefício se transforme num problema", finalizou o representante sindical.