O uso da maniçoba na alimentação do rebanho mesmo diante a forma de ver na cultura o perigo de perda em razão do poder de toxidez existente na planta foi um dos temas trabalhados no Programa Domino Rural da Rádio Serrana de Araruna em Conexão com a Rádio Cultura de São José do Egito-PE e Rádio Independente FM do Cariri, em Serra Branca como forma de mostrar as técnicas de se trabalhar a cultura e convertê-la em produto de excelente qualidade na alimentação animal.
Domingo Rural mostrou que é comum se encontrar muitos produtores que relatam a perda de animais por envenenamento depois de consumirem maniçoba o que faz com que muitos agricultores eliminem a maniçoba de sua unidade rural produtiva, mas, ao mesmo tempo, Domingo Rural mostrou que pecuaristas experimentadores estão usando com sucesso a alimentação após utilizar técnicas capazes de eliminar a toxidez e transformá-la em alimento seguro.
Entrevistado no Programa deste do último domingo(04), o agricultor Aldo Costa, residente na comunidade Açude Velho de Soledade, Cariri paraibano, falou sobre a forma segura que ele utiliza para transformar a cultura em suplemento alimentar para o rebanho e garante que a cultura apresenta 19,5% de proteína bruta que associada a capacidade de resistência ao clima e solos da região passa a ser cultura de excelente interesse para toda a região.
Componente do Coletivo Regional de Educação Solidário do Cariri, Seridó e Curimataú, Aldo Costa, vem há alguns anos fazendo experiências diversas de convivência com a região semiárida, dentre as quais o uso da maniçoba e informa que uma das grandes alternativas para o bom desenvolvimento de uma agropecuária segura e compartilhar conhecimentos novos e atualizados capazes proporcionar mais alternativas para a economia regional, citando como exemplo os conhecimentos adquiridos através das parcerias existentes na Articulação do Semiárido Brasileiro(ASA Brasil). “Se pegar diretamente e botar para os animais mata porque ela tem um poder tóxico muito alto, ela tem uma liberação de gás muito alto. Da maneira que ela está murchando ela vai deliberando o gás, e o bicho bruto, o gado por exemplo morre mais asfixiado porque não consegue arrotar a aceleração no estômago do que o efeito tóxico, quando você tira ela e bota para murchar pra fenar ou mesmo para fazer a silagem porque ela libera o gás dentro da silagem, então aquele poder tóxico que tinha saiu na evaporação e ela perde todo o efeito”, relata Costa.
Ele falou sobre o que geralmente acontece no cercado em que os animais estão pastando e, ao usarem a cultura são vitimados pela cultura da maniçoba e de repente morrem, lembrando que se o animal comer a cultura naturalmente e imediatamente verde não tem nenhum efeito negativo e que se a cultura estiver ligeiramente murcha é que está o perigo. “O problema da maniçoba é que o bicho pega o ramalhete, puxa, come uma folha e deixa outra lá que ao murchar vem outro gado e come, então aquela que vem atrás vai morrer, aquele que veio primeiro não morreu”, exemplifica Costa.
Para fazer uma ração segura, Costa informou que o produtor deve cortar a maniçoba e ao triturar deixá-la durante cerca de um dia a um dia e meio espalhada, fazendo o revolvimento de forma repe