Durante os dias 18 e 19 de março as entidades da ASA-PB, Articulação do Semiárido Paraibano, vão realizar a Festa Estadual da Semente da Paixão, evento que acontecerá no dia 18 no Convento Ipuarana de Lagoa Seca e no dia 19 o evento acontecerá no parque do Povo em Campina Grande, com mobilizações chamando a atenção sobre o trabalho que se faz na conservação da semente tradicional das famílias agricultoras de todo o estado da Paraíba.
No Programa Domingo Rural deste domingo(21/02) lideranças falaram sobre a importância do evento que já está em sua quinta edição e que faz um balanço das ações desenvolvida em todas as microrregiões do estado e ao mesmo tempo fazem um planejamento para ampliar a políticas dos pólos sindicais no envolvimento de mais famílias e entidades na construção de bancos de sementes especialmente diante da mídia que se faz acerca das sementes elaboradas em laboratório numa visão de mercado e sem a participação e autonomia das famílias agricultoras.
José Anchieta de Assis faz parte a Cáritas brasileira e do movimento da agricultura familiar agroecológica do Sertão paraibano, participou do Domingo Rural deste domingo falando sobre o trabalho que vem sendo feito junto ás famílias agricultoras com os bancos familiares e comunitários de sementes e ao mesmo tempo falou sobre como será a participação das entidades sertanejas dentro do Festa Estadual das Sementes da Paixão. “Essa é a quinta edição das sementes da paixão, é um momento que os agricultores e agricultoras já guardam com muita ansiedade pelos sucessos das outras festas e com certeza o Sertão vai está presente, além da própria motivação da festa o dia é simbólico, é dia de São José, o último limite para os agricultores que esperam por um bom inverno, então esperamos todos animados, contribuindo trazendo as experiências e partilhando”, argumenta Anchieta ao dialogar com os ouvintes da Rádio Serrana de Araruna, Rádio Cultura de São José do Egito e Rádio Independente do Cariri.
Anchieta falou sobre o trabalho que vem sendo feito para a preservação das sementes que é uma prática que vem sendo passada de pai para filhos. “Essa tradição de guardar sementes é antiga, é histórica, quanto mais a gente vai conhecendo novas famílias a gente vai descobrindo novos tesouros que eles tem como patrimônio genético que passa de geração pra geração. Lá na nossa região se o mais forte era se guardar sementes em casa na própria família, com a chegada da ASA a gente começou aprofundar sobre a importância dos bancos comunitários de sementes, hoje nós temos um total que se aproxima de uns trinta bancos e a grande novidade no momento é como o território enquanto espaço de políticas públicas está absorvendo esse tema das sementes, nós já conseguimos aprovar projetos por dentro do Território do Médio Sertão que é uma política do Governo Federal no sentido de valorizar as sementes e a forma organizativa dos agricultores para guardarem seus tesouros que são as sementes da paixão”.
Rejane Alves de Lima é componente do P&oacut