Os números demonstram a agilidade na construção das cisternas, bem como seu baixo custo, em torno de R$ 2.100,00, por unidade. Todos os materiais necessários para a construção da tecnologia social são adquiridos na região onde elas serão instaladas, movimentando, assim, a economia local.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água - Água para Todos, do Plano Brasil sem Miséria. O Programa tem como meta promover o acesso à água potável, para consumo humano, produção agrícola e alimentar. Uma das ações previstas é a reaplicação da Tecnologia Social Cisterna de Placas, construída para armazenar águas pluviais. O público da ação envolve famílias de baixa renda, situadas na zona rural do semiárido, sem acesso ao fornecimento de água. O Banco do Brasil e a Fundação Banco do Brasil participam do Programa com o compromisso de investir na reaplicação da tecnologia social, construindo 60 mil cisternas, em 40 microrregiões, em 89 municípios de oito estados do semiárido brasileiro.
Para o Diretor de Desenvolvimento Social da Fundação BB, Éder Melo, vários foram os fatores que contribuíram para o alcance destes resultados. “Cabe destacar a contribuição das parcerias e do modelo de gestão adotado especificamente para este projeto. Entidades que foram selecionadas pela Fundação Banco do Brasil em função das competências técnicas, de gestão, de mobilização, da experiência com a reaplicação da tecnologia social Cisterna de Placas e que poderiam se adequar ao projeto no sentido de torná-lo referência para projetos sociais que envolvem as esferas públicas, privadas e do terceiro setor”, diz.
Cisterna de placas – consiste em um reservatório cilíndrico, construído próximo à casa da família, com capacidade de armazenar até 16 mil litros de água da chuva captados do telhado – suficientes para suprir a necessidade de consumo básico de uma família de cinco pessoas por até oito meses. Essa Tecnologia Social foi criada por agricultores da região semiárida brasileira. A Cisterna de Placas foi certificada pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social em 2001 e vem sendo reaplicada nos últimos anos pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), parceira nessa iniciativa