Foram mais de cinquenta pessoas envolvidas nesse histórico momento, em que o vai e vem de caixas mais parecia um balé, embalado pelo forró do Edilson do Acordeon. Sacolas se encheram de acerolas, cebolinhas, coentros, mamões, batatas, ovos, feijões verdes, bolos e até mudas de plantas, compartilhando com os moradores e moradoras o resultado da perseverança de quem acredita na agroecologia e a utiliza em suas práticas de cultivo.

Com uma estiagem recorrente há cinco anos, o desafio é plantar com pouca água. Como disse a agricultora Socorro, moradora do Congo, em Limoeiro, “a grande dificuldade é a água. Coragem a gente tem pra trabalhar. As famílias que tem a cisterna de produção estão dando conta. É por isso que esse projeto tem que continuar”. Dona Socorro disse ainda que em sua comunidade há um grupo de mulheres se organizando para montar uma horta comunitária medicinal, cuja produção será facilitada pela casa de sementes local.

O grupo avaliou que os intercâmbios são importantes na construção do conhecimento, e que nessas práticas é preciso envolver a comunidade para que elas possam cobrar do poder público mais investimento na área e que os projetos voltados para a agricultura familiar permaneçam.

O 1º Feirão Agroecológico e Solidário faz parte do Projeto Feiras Solidárias promovido pela Obas em parceira com a Programa Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos), instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), STTR’s de Limoeiro do Norte, Pereiro e Russas e conta com o apoio da Fafidam, Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, Ematerce, Secretarias Municipais de Agricultura de Russas e de Limoeiro, Associação Optar – Orgânicos e Associação São Vicente de Paula.