O município foi o primeiro a sediar o encontro realizado pelo MOC e entidades parceiras a exemplo da Fatres, Coopeser, Cooperede, STR de Riachão, Rede de Produtoras da Bahia, Arco Sertão Central e Unicafes, para refletir sobre umas das maiores crises na conjuntura política e econômica brasileira, com recentes decisões adotadas pelo governo interino.

Temas como Reforma Agrária, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Agroecologia e Convivência com o Semiárido, além do fim dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social, foram debatidos pelo MOC, através da coordenadora geral, Célia Firmo, e por representantes de organizações presentes que também anunciaram e celebraram as lutas e conquistas desse povo guerreiro do Semiárido. Apresentando gráficos e reportagens dos primeiros anos do milênio de quando o povo do campo morria de fome no Brasil, Célia chamou a atenção dos presentes acerca dos atuais impactos sobre as Políticas de Convivência com o Semiárido. "Precisamos continuar lutando e resistindo na luta por justiça", conclamou.

"Queremos a unidade dos movimentos sociais, organizações, igrejas, coletivos, para lutarmos pelos nossos direitos", enfatizou Elisângela Araújo, da Fatres, que ainda convocou as mulheres "para fazer a transformação". O Pe. Chico que representou a Articulação Semiárido Brasileiro - ASA, solicitou que os produtores/as relebrassem de como eram seus quintais antes da política de Conviência com o Semiárido e de como estão agora. "O que conquistamos nos últimos 13 anos está ameaçado de acabar", declarou.

Na oportunidade foram entregues Termos simbólicos de tecnologias com testemunhos das famílias contempladas. "Hoje temos alimentação saudável, sem veneno, e ainda dá pra vender. Não podemos deixar retroceder", ressaltou a agricultora Jonalice Santana, da comunidade de São Lourenço, ao receber seu Termo.