A partir de depoimentos de famílias agricultoras que têm permanecido no campo com dignidade, sobretudo pelo acesso a políticas públicas e programas que asseguraram água, terra, crédito e assistência técnica, as publicações nas redes sociais da ASA (facebook, twitter e youtube) têm possibilitado uma grande interação junto a públicos urbanos de pelo menos 13 estados brasileiros (Todos do Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília).

O tema da alimentação é um dos mais comentados e compartilhados. Os posts sobre Agroecologia e Agricultura Familiar estão tendo uma boa aceitação com comentários de internautas que elogiam os projetos, apoiam a causa e relatam experiências. Quando o assunto refere-se ao uso indiscriminado de agrotóxicos e seus malefícios à saúde humana, há também uma grande interação.

“Essa questão sobre agrotóxicos é muito séria e afeta o mundo todo, por isso é preciso haver união das sociedades civis mundiais pra pressionar governos e as multinacionais fabricantes dos venenos”, diz Luiz Silva, de Belo Horizonte-MG. Já a internauta Ana Eudes Vaz, que mora em Teresina-PI lembra que são os grandes latifúndios que mais utilizam os agrotóxicos: “o uso de veneno está muito grande nas empresas de agronegócio, sem medidas, pela ganância de ganhar o dinheiro rápido. Estão pouco se importando com vidas humanas”.

Os assuntos destacados na campanha são diversos tais como acesso à água, educação contextualizada, acesso a terra, mercados institucionais como o PAA e o PNAE, acesso a crédito, agroecologia, preservação do meio ambiente, sementes crioulas, agrotóxicos e transgênicos. Com imagens fortes e expressivas, as publicações têm conseguido repercutir de forma positiva na internet e envolvido milhares de pessoas.

É o caso da internauta Dilmar Albergaria de Salvador-BA que enalteceu as famílias agricultoras em um comentário. “O fato de sobreviver diante de uma seca, já é suficiente para serem dignos de admiração [agricultoras/es]. E complemento, que o pouco conhecimento que [os/as agricultores/as] possuem aplicam e obtém pequenos resultados satisfatórios que os tornam esperançosos em dias melhores. É um povo que me encanta pela humildade e esperança/fé”, salientou.

Em dois meses, o número de fãs na página da ASA no facebook cresceu 11%, abrangendo 14.347 usuários, o que representou uma média de 437 internautas impactados diariamente com publicações sobre a campanha. Isso significa que mais gente está conhecendo o Semiárido, as ações da ASA, como também, as iniciativas de famílias agricultoras que praticam a agroecologia.

Na rede social facebook, a repercussão do post que fala sobre os direitos conquistados pelos povos do Semiárido foi imensa e teve uma média de 2,7 mil curtidas e 915 compartilhamentos. O texto compara o período de grande êxodo na região com a situação atual: “Antes o povo migrava do Semiárido para a cidade grande. Agora, com as atuais políticas públicas de acesso à água, crédito, moradia e assistência técnica agroecológica, as pessoas vêm para o campo e não desejam mais sair. Tudo oposto a realidade de décadas atrás. E não podemos retroceder, precisamos continuar avançando. Conheça o Semiárido e colabore”.

Doação - “A proposta da ASA não é combater a seca, mas sim conviver com o Semiárido”. “Faça parte dessa corrente e gere novas oportunidades para o Semiárido”. Estes são alguns exemplos de frases dos posts anúncios que têm também o intuito de sensibilizar as pessoas para fazer doações a fim de contribuir com a construção e manutenção de tecnologias de convivência, a exemplo das cisternas, bancos de sementes e outras.

Por meio dos posts, as pessoas são direcionadas ao hotsite da campanha onde poderão fazer a doação, através do sistema PagSeguro. É rápido e as doações variam de, no mínimo, R$ 5 reais até o valor que a pessoa queira doar. Como lembrança da campanha, os doadores ganham um cartão virtual com pinturas em tela do artista mineiro Gildásio Jardim.

Confira o vídeo da Campanha "Semiárido Que Alimenta"