De todos os cantos e lugares de nosso Semiárido o motivo de tanta alegria é um só: as chuvas de Janeiro. E na região sudoeste do nosso Estado, assim como em todo Nordeste do país, nas diversas comunidades de atuação do Cedasb foi registrado um grande volume de chuva. São tantos os depoimentos emocionados/as de agricultores e agricultoras de nossa região. Cada um/a tem uma bonita experiência com a chegada das Águas de Janeiro.

Seu João Lélis da comunidade Ribeirão, região de Vitória da Conquista, disse que “aguada que tinha tempo que não enchia, agora está transbordando de tanta água”. Erisvalda, agricultora experimentadora do Quilombo de Mumbuca, em Bom Jesus da Serra, disse que sua barragem subterrânea passou água por cima da tapagem. Dona Elenita de Barra do Choça, comunidade do Santo Antônio disse que “o que há de cisterna da grande e da pequena encheram tudo”. Dona Lau, da comunidade Bomba no município de Belo Campo, afirma que desde o nascimento de sua única filha, há 29 anos, não via tanta “chuva aqui no Bomba, não tem mais canto pra colocar água e, não está dando nem mais pra diferenciar o que é riacho, e o que é pastagem; das cisternas nem se fala: tudo cheias! As veredas da região da mata de cipó estão com quase meio metro de água. Até os baldes estão cheios”.

Os tantos depoimentos dos agricultores e agricultoras revelam a grande importância das tecnologias sociais de captação hídrica. Cisternas de consumo e para produção, barreiros e barragens subterrâneas, tanques de pedra e aguadas, todos esses reservatórios revelam sua grandeza. Guardam a água que gera vida, ampliando a resistência e fortalecendo a convivência. “Antes da cisterna se encher d’água, ela se enche de conhecimento”. Agora, estão cheias de água e de muito conhecimento para ser transmitido e disseminado por esse Sertão afora.

Diante tanta alegria trazida pelas Águas de Janeiro, o Cedasb fez um mapeamento que apresenta uma média do volume de chuva captado/armazenado pelas diversas tecnologias sociais construídas em sua área de atuação: