O rompimento da barragem causou a inundação e destruição do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetou ainda os distritos Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também chegaram a outras diversas cidades de Minas Gerais e o Espírito Santo e tem a possibilidade de chegar ao sul do estado da Bahia. A tragédia tem registros de mortes e diversos desabrigados e pessoas desaparecidas. Nas zonas urbanas e rural pessoas tem sido atingidas pela tragédia.
Trabalhadores e trabalhadoras da Samarco também têm sido atingidos pelo rompimento da barragem. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Minas Gerais declarou que várias denúncias de demissões chegaram a central e diz estar apurando cerca de 90 casos de prestadores de serviços que teriam sido dispensados da empresa Samarco após o rompimento da barragem. Os impactos ambientais do acidente em Mariana (MG) são ainda incalculáveis, e podem ser irreversíveis.
O Comitê em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, que reúne centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais, publicou uma nota de repúdio sobre a tragédia ambiental. A Articulação Semiárido Mineiro (ASA Minas) assina o documento. “Hoje foi o distrito de Bento Rodrigues e sua gente, soterrados vivos pela lama da ganância de uma atividade econômica que avança voraz sobre lugares e pessoas para exportar nossos bens minerais e alimentar contas de acionistas e o mercado financeiro”, alerta o documento. Para ver a carta na íntegra clique aqui.