Com o objetivo de rediscutir a produção de alimentos agroecológicos no Semiárido brasileiro por meio de ferramentas de análise social e produtiva, o casal Eronildo e Merileide recebeu, na última quarta-feira (05), em sua propriedade, em Araripina, o assessor técnico do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Asa Brasil, Ricardo Araújo, a equipe técnica da ONG Chapada e o representante do Sindicato do Trabalhadores Rurais de Trindade, Edmilson Torres.
Ao resgatar o debate sobre a produção de alimentos, segundo o assessor técnico do P1+2/MDS, a ASA decidi refazer o percurso de realização do P1+2 e então implementar um novo formato de visitas técnicas com o auxílio de instrumentos como a linha do tempo e o mapa falado da propriedade que são utilizados na pesquisa desenvolvida pela Instituto Nacional do Semiárido INSA em parceria com a ASA.
“Essas ferramentas permitem que a gente melhore e aprofunde o nosso olhar sobre a agricultura familiar na ótica dos agroecossistemas e perceber o papel protagonista do próprio agricultor e com isso resgatar esse protagonismo, pois cada família tem uma história e um percurso de vida e de produção. Porém, levamos somente o conhecimento do instrumental pois a família é quem assume esse papel do resgate da própria evolução. Estamos ali só para dar o apoio enquanto assessoria técnica”, avalia Ricardo.
Durante a visita técnica na propriedade de Eronildo e Marileide, foi feito inicialmente uma caminhada no agroecossistema da família para identificar as atividades realizadas nos subsistemas e compreender a compreender a dinâmica entre eles. Em seguida os familiares apresentaram o histórico da evolução produtiva por meio da linha do tempo, mapa do antes e depois da propriedade e os fluxogramas de insumos e produtos construídos anteriormente com técnicos da ONG Chapada.
O agricultor Eronildo fez questão de destacar a importância da parceria que é realizada entre equipe técnica do Chapada e a família no caminho da descoberta de novas formas de conhecimento, valorizando a experiência já existente e experimentando novas técnicas. “Para mim esta visita foi boa demais, porque esse acompanhamento técnico está sendo bom para eu mostrar a minha experiência na parte de estocagem de alimentação familiar e animal. Eu espero que tudo isso seja exemplar para ver se a gente consegue envolver mais famílias e realizar o desenvolvimento de todos”, comenta Eronildo.