Onde antes a lata d’agua percorria léguas equilibrada nas cabeças e ombros de homens e mulheres, hoje, uma nova realidade é vivenciada. A construção dos reservatórios de concreto que armazenam água das chuvas e abastecem famílias estabelecem novos rumos para a vida no semiárido.
Embora as ações de implantação de cisternas no Araripe ainda não contemplem todas as famílias sertanejas, o Programa Um milhão de Cisternas (P1MC) iniciativa da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) com o apoio do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), Cooperação Espanhola e CAATINGA vem mostrando novas alternativas de convivência com o semiárido e mudando a realidade de muitas famílias.
O programa que teve início em meados de 2003 construiu até dezembro do ano passado 7.623 cisternas no semiárido brasileiro, e neste primeiro trimestre de 2011 já foram construídas 309 cisternas de 16 mil litros e sete cisternas escolares de 52 mil litros. A partir destas iniciativas, trabalhadores do campo estão tendo acesso à água potável, como também, recursos hídricos para irrigar hortas, pequenas plantações e saciar animais, proporcionando além da subsistência, renda para as famílias.
Neste sentido, a construção desses reservatórios está mudando realidades, é o caso da agricultora Maria de Lourdes que mora no sítio Marmeleiro na cidade de Ouricuri-PE. “Essa cisterna foi uma alegria pra gente. Com ela, nós podemos tomar uma água boa que vem da chuva. Então, esse é um sonho que a gente já vinha pensando há muito tempo, e hoje graças a Deus está sendo concretizado”, destaca emocionada.
Ascom/Caatinga