Mais um País está interessado em implantar a experiência brasileira de que tem ajudado milhares de famílias a ter água em casa para o consumo. Depois dos paraguaios, é a vez dos bolivianos conhecerem o programa Cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A delegação composta por representantes do Ministério de Meio Ambiente e Água da Bolívia vão visitar o funcionamento do programa em Pernambuco.
Acompanhados por técnicos do MDS, a delegação visitará a sede da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), em Recife, uma das parceiras do Ministério no programa. Na ASA eles vão conhecer como é o processo de implantação das cisternas desde a mobilização das comunidades até construção. Na terça, a comitiva seguirá para o município de Cumaru, região do agreste do Estado, onde conhecerão as duas experiências captação de água da chuva: as cisternas de placas para o consumo das famílias e para a produção de alimentos.
No início do mês, delegação de representantes do Ministério da Saúde do Paraguai também esteve em Pernambuco onde conheceram o programa. O governo paraguaio pretende implantar inicialmente 50 cisternas na região do Chaco (parte ocidental do País), que se assemelha ao Semiárido brasileiro. Na Bolívia a previsão é que seja o mesmo número de cisternas.
O programa Cisternas começou em 2003 como solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do Semiárido. Construída com placas de cimento, permite armazenar de 16 mil. Essa quantidade é o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o período da seca (que pode durar até oito meses). Dessa forma, os moradores não precisam mais se deslocar por longas distâncias para buscar água em açudes, poços e barreiros. As cisternas de produção de produção tem capacidade para 50 mil litros.
O público das cisternas é formado por famílias de baixa renda que moram na área rural de municípios da região e que não tenham fonte de água ou meio de armazená-la adequadamente para o suprimento de suas necessidades básicas. Desde o início do programa, o MDS em parceria com a ASA já apoiou a construção de 296 mil cisternas, beneficiando 1,3 milhão de pessoas na região.