RTS celebrou, nesta terça-feira (25/05), seu quinto aniversário. Realizado na sede do Sebrae, em Brasília (DF), o encontro marcou a apresentação das ações realizadas pela Rede desde 2005. Entre os resultados, estão investimentos de mais de R$ 300 milhões na reaplicação de Tecnologias Sociais (TSs) geradoras de trabalho e renda em áreas como agroecologia, reciclagem, bioenergia, incubação de empreendimentos solidários e captação de água de chuva para a produção de alimentos. O detalhamento consta de relatório apresentado durante a solenidade, cuja íntegra você confere clicando aqui.
“Nós todos que trabalhamos em redes sociais queremos construir um outro desenvolvimento. A RTS tem sido uma alternativa para a construção de uma sociedade realmente justa, solidária e sustentável, na qual comunidades de todo o Brasil podem construir melhores condições de vida a partir de seus próprios conhecimentos e visão de realidade”, afirmou, no encontro, a diretora da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Aldalice Otterloo.
Segundo conceito pactuado no âmbito da RTS, Tecnologias Sociais compreendem “produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”. Para garantir que o conceito ganhasse o Brasil, a RTS pactuou, nos útlimos cinco anos, investimentos em 18 Tecnologias Sociais, das quais duas conseguiram atingir escala.
Priorizada no âmbito da Rede, a Tecnologia Social de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) promove um sistema de produção de hortaliças, frutas e pequenos animais dirigido à agricultura familiar, tendo como pressupostos a racionalização de recursos e o manejo ecológico da terra. Com R$ 75,5 milhões em investimentos pactuados por instituições associadas à RTS desde 2005, serão implementadas, até o fim de 2010, 10 mil unidades do Sistema Pais, em 24 estados brasileiros.
Já o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) – originado a partir de articulações no âmbito da RTS a partir de proposição da ASA (Articulação no Semiárido Brasileiro) - tem como objetivo garantir o aproveitamento e o manejo sustentável da água da chuva para a produção de alimentos, priorizando a construção de tecnologias já desenvolvidas e experimentadas pelos/as agricultores/as do Semiárido. Os investimentos realizados no P1+2 a partir da RTS já totalizam R$ 69,7 milhões, beneficiando mais de 7 mil famílias em 247 municípios de dez estados do país.
“A Rede foi construída como resposta ao combate à fome e à necessidade de gerar inclusão social no Brasil, colocando o papel da ciência e da tecnologia para este objetivo. Há muito o que comemorar”, diz o representante da Finep no Comitê Coordenador da RTS, Rodrigo Fonseca. Não à toa, lembra, o foco da Rede até aqui foi a geração de trabalho e renda, enquanto os territórios priorizados foram aqueles reconhecidamente mais afetados pela exclusão social: Semiárido e Vale do São Francisco, Amazônia e Periferias de gra