Inicialmente, os participantes – que representam 16 organizações com atuação no Semiárido nordestino – identificaram de que forma as experiências visitadas durante a Rota dialogam com as ações desenvolvidas por suas organizações e, depois, em subgrupos, iniciaram um processo de construção de propostas conjuntas de gestão do conhecimento para o desenvolvimento equitativo e sustentável do Semiárido nordestino.
Estimular o fortalecimento de uma rede de organizações que discutem educação contextualizada para a convivência com o Semiárido; articular ações em comunicação que garantam a participação dos atores locais (crianças, jovens, agricultoras e agricultores) na elaboração e disseminação de conhecimentos; investir em metodologias de formação dos atores locais nos processos de sistematização das tecnologias sociais que desenvolvem e estimular um novo olhar sobre o papel dos sindicatos na construção do conhecimento foram os principais objetivos apontados nas propostas. Os planos elaborados no âmbito da Rota Estratégica poderão contar com o apoio do Semear.
“O Semear tem como um de seus objetivos estimular a construção de planos que tragam questões inovadoras na área da gestão do conhecimento para o desenvolvimento sustentável do Semiárido”, destaca uma das coordenadoras do Semear, Ângela Brasileiro. Para a representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Márcia Batista da Costa, as experiências que estão sendo visitadas durante a Rota e a construção de planos conjuntos reforçam a importância de se pensar maneiras de tornar as metodologias de pesquisa do MAPA mais participativas e de fortalecer o diálogo e construção coletiva entre poder público, sociedade civil e universidade. “É um espaço para criar novas articulações e fortalecer parcerias”, afirma Márcia.
A partir das propostas de planos conjuntos iniciadas hoje, e que continuarão a ser desenvolvidas no próximo sábado (31), foi possível perceber que a Rota está sendo importante para aproximar organizações e pensar propostas para ampliar o diálogo entre a educação formal e a educação não formal. É o que destaca Rita Bórquez, da Corporação Regional Procasur, organização chilena idealizadora da metodologia das Rotas de Aprendizagem. “A construção dos planos, a partir da troca de saberes geradas nas visitas e nos debates, mostra que está se articulando o sistema de gestão de conhecimento do território, o fortalecimento de uma cultura de gestão do conhecimento”, completa Rita.
Semear – O Semear é um programa de gestão do conhecimento para o desenvolvimento rural no Semiárido nordestino brasileiro, implementado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – FIDA, com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID. Para realização da terceira edição da Rota Estratégica, o Semear conta com a assistência técnica-metodológica da Corporação Regional Procasur, e com o apoio da AS-PTA, do Centro de Assessoria e Apoio a trabalhadores/as e instituições não governamentais alternativas – CAATINGA, do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá e do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas do Semiárido – NEPPAS.
Programação – Hoje (29), a Rota segue viagem para Riacho Queimado, em Parnamirim (PE). O grupo irá conhecer as metodologias de construção do conhecimento que vêm sendo experimentadas no projeto de educação ambiental Jovens Guardiães Ambientais, desenvolvido pela ONG Caatinga.
Confira as organizações participantes da 3ª Rota Estratégica
ONG Caatinga (PE); Rede de Educação do Semiárido Brasileiro - RESAB; Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador – CETRA (CE); Centro Dom José Brandão de Castro – CDJBC (SE); Secretaria de Desenvolvimento Agrário – SDA (CE); Embrapa Semiárido; Embrapa Caprinos e Ovinos; Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR; Projeto Dom Helder Câmera; Corporação Regional Procasur; Instituto Regional de Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa; Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais - Sasop (BA) e Associação Brasileira de Agroecologia - ABA; ICCO Cooperation; Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; Visão Mundial e Agência de Desenvolvimento Econômico Local – ADEL; Movimento de Organização Comunitária – MOC (BA) e Centro Sabiá (PE).
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