A roça orgânica é bem discernida na região de Batalha e Pedro II. O modelo mostrou muitaeficiência. Um exemplo bem prático e concreto é o da roça do senhor “Oliveira” na localidade Barros dos Lopes

Em alguns municípios do norte do Estado já é realidade os modelos de roça bem adaptados às poucas e irregulares chuvas que caem na região. Trata-se de roças organicas, que já vêm, inclusive, sendo trabalhadas em ações de convivência com o semiárido por organizações não governamentais. Os resultados da produção são muito bons.

A roça orgânica é bem discernida na região de Batalha e Pedro II. O modelo de roça mostrou tanta eficiência

que no ano passado quando a perda na produção de alimentos da agricultura familiar da região ultrapassou os 80%, a roça agroecológica produziu feijão suficiente para o consumo da família para todo o ano. Um exemplo bem prático e concreto da roça de senhor “Oliveira” na localidade Barros dos Lopes, em Pedro II.

Em apenas 50 metros em quadro a roça orgânica produziu feijão garantindo a segurança alimentar da família por todo o ano. As roças tradicionais da região não seguiram esse padrão. O Centro de Formação Mandacaru de Pedro II foi a entidade que incentivou, apoiou e assessorou a roça orgânica da família do agricultor Oliveira como projeto piloto para mostrar aos agricultores da região que é viável e dar certo. Os frutos já começam a aparecer, outras quatro famílias da região viram, gostaram e já estão fazendo suas roças orgânicas também. “Iniciei nesse modelo de roça há dois anos e não pretendo mais sair dele”, disse seu Oliveira. “Sou agricultor, amo a natureza e nunca me sentir bem desmatá-la, agora quero preservá-la, por isso estou fazendo minha roça orgânica também, disse Paulo Via-na da localidade Açude dos Mourões, um dos novos agricultores a aderir ao modelo de roça.

O Mandacaru incentivador do sistema de produção tem o anseio desse modelo de roça substituir o tradicional e assim garantir alimento e sustentabilidade ao homem e a família do semiárido

brasileiro. Com o início das chuvas na região norte do Estado inicia também o período de plantação do agricultor que depende do inverno para ter sucesso em sua colheita. O ano de 2012 foi muito castigador como diria o próprio agricultor.

Este ano traz um pouco mais de confiança no tocante ao período de chuva embora as previsões tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de vista popular apontam de que 2013 não será um ano de muitas chuvas. A tese de que é necessário criar adaptações para a realidade local. A sabedoria popular e os sinais da natureza tem mostrado ao longo dos anos a necessidade para adaptações na convivência local.

O semiárido brasileiro e o piauiense são uma região que na maioria dos anos no período chuvoso cai chuva o insuficiente para criar e produzir. O segredo estar no modelo de criar e produzir nessa irregularidade de chuvas. Entre essas ações estão o incentivo ao agricultor criar apenas animais de pequeno porte (comem menos e consomem pouca água), fazer o manejo e cultivo adequado à terra, armazenar água no período chuvoso entre tantas outras práticas na agricultura familiar (R.G.).