Na matéria foram ouvidos o autor da pesquisa, Francisco Aragão, agrônomo da Embrapa; o biólogo Renato Rezende, da Universidade de Brasília; o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato S. Maluf; e o representante da ONG Terra de Direitos, Sérgio Sauer.
O Consea é um órgão consultivo e de assessoramento da Presidência da República. Por consenso entre seus integrantes, o órgão tem adotado o chamado Princípio da Precaução, contrário à liberação do transgênico, “enquanto não forem sanadas todas as dúvidas em torno do produto”.
“O que se está pedindo é que mais testes sejam realizados, pois, na opinião de especialistas, os que foram apresentados até agora ainda não são suficientes”, disse o presidente do Consea, Renato Maluf, ao Jornal Nacional.
Sérgio Sauer, da ONG Terra de Direitos, compartilha dessa opinião. “Quais são as consequências de se consumir algo que é geneticamente modificado; nós não temos estudos a médio e longo prazo que nos garantam a segurança alimentar”, disse ele à reportagem.
No lugar do transgênico, o Consea defende o feijão orgânico, produto que está há oito anos em estudos e pesquisas na própria Embrapa. Essa posição foi levada pelo Consea à audiência pública realizada em maio. “Se lhes fossem oferecidos dois pratos de feijão para escolha, sendo um com feijão transgênico e outro com feijão orgânico, qual dos dois os senhores escolheriam?”, indagou o conselheiro Werne Fuchs aos participantes da audiência em maio.
A liberação de organismos geneticamente modificiados tem dividido opiniões no Brasil, e com o feijão transgênico não tem sido diferente. Nas próprias comunidades acadêmicas e científicas não há um consenso, e o tema é objeto de muitas controvérsias.
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