Apresidente eleita Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (21) a criação do Ministério de Pequenas Empresas e da Secretaria Nacional de Irrigação, que fará parte do Ministério da Integração.
As pastas deverão ser responsáveis, respectivamente, por ações para incentivar o empreendedorismo econômico na região e combater a seca no semi-árido nordestino. Para tanto, porém, ela voltou a pedir a colaboração dos governadores.
- Eu acredito que nós temos que combinar um projeto ambicioso e específico só para o semi-árido [no interior do Nordeste]. Por isso, quando começarmos a discutir em março o nosso programa de erradicação da pobreza, espero que a gente conte com propostas de vocês [governadores] para o semi-árido.
As ações do chamado programa de erradicação da miséria devem começar a ser discutidas entre União e Estados a partir do próximo trimestre. A presidente, porém, não detalhou como funcionarão as novas pastas, que ainda não têm data para começar a funcionar.
Sobre os cortes de R$ 50 bilhões previsto no orçamento deste ano, Dilma afirmou que vai manter os investimentos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), Minha Casa, Minha Vida, Copa e o PAC 2.
- Nós estamos sim fazendo uma adequação fiscal, mas não é igual ao que aconteceu em 2003, quando nós tínhamos uma inflação acima do controle. [...] Nós não tínhamos R$ 300 bilhões de reserva como temos hoje, nem tampouco tínhamos um projeto em que todos, investimento público e privado, mantiveram o padrão.
O corte de investimentos na região era a principal preocupação dos governadores nordestinos que, logo ao chegar ao encontro, disseram que levariam à Dilma um pedido para que poupasse seus Estados da tesoura da União. De acordo com a presidente, nos próximos quatro anos, o governo deve investir cerca de R$ 120 bilhões em ações na região.