O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) discutiu, em um encontro realizado em Salvador (BA), as necessidades de manter como prioridade a construção de mais cisternas no Piauí. O programa tem contribuído de maneira decisiva para transformações no Semiárido brasileiro, principalmente para as famílias que precisam de acesso à água.

Participaram do evento, representantes dos estados do Piauí, Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Durante o encontro foi firmado um acordo entre o Governo Federal e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), o governo espanhol vai investir R$ 50 milhões na construção de 12.978 cisternas. Serão 11.165 domiciliares, 1.080 para a produção de alimentos e 733 em escolas públicas.

O Piauí é um dos Estados atendidos pelo programa de cisternas, são 40 mil espalhadas de Norte a Sul. Para a coordenadora de Convivência do Semiárido, Lúcia Araújo, a construção de cisternas é uma solução simples e eficiente para resolver o problema da escassez d’água para o consumo humano nas cidades que sofrem com o problema.

“As cisternas são tecnologias apropriadas para serem usadas no Semiárido brasileiro, depois do sucesso no Brasil, elas estão ganhando o mundo como solução para as crises de escassez d´água para consumo humano, fazendo captação de água de chuva e promovendo mobilização social”, disse Lúcia.

O Governo Estadual já garantiu que vai reforçar o programa de instalação de cisternas na região do Rio Guaribas, no Sul do Estado. “Fizemos um diagnóstico das áreas cobertas e descobertas pelo programa no Piauí, constatamos que a Região do Rio Guaribas é uma das mais necessitadas. Em 2011 vamos dar uma atenção especial para essa região”, afirma.

No Piauí, a construção de cisternas tem sido promovida pelas entidades da sociedade civil, através de ONGs, pelo Governo do Estado, através da Coordenadoria do Semiárido e da Coordenadoria de Combate à Pobreza Rural.