A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) informou, ontem, em nota, ter apreendido cerca de 90 toneladas de lenha em Jupi, Jucati e Lajedo, municípios do Agreste de Pernambuco que usam a caatinga para aquecer os fornos das casas de farinha.

A assessoria de imprensa da agência diz ainda que os fiscais emitiram 18 intimações e os infratores receberam um prazo de duas semanas para regularizar seu licenciamento na CPRH. A agência ambiental não revelou quando foi realizada a ação e quantas pessoas participaram.

Os técnicos da CPRH fizeram 23 apreensões, no total de 280 metros estéreos (de madeira empilhada), o que equivaleria às 90 toneladas de lenha. Entre as espécies da caatinga usadas como lenha estão a jurema, angico, catingueira e imburana.

O material, segundo a CPRH, deverá ser doado a matadouros. Na saída de um dos estabelecimentos, em Jucati, os fiscais teriam flagrado um estoque de carvão irregular, com 65 sacos. “O carvão era proveniente do município de Custódia e seria utilizado para venda no comércio local”, diz a nota.

Em Garanhuns, a equipe afirma ter flagrado um caminhão com 10 estéreos de lenha. Após a abordagem, a lenha teria sido apreendida por ser proveniente de desmatamento irregular na região. O JC não teve acesso aos autos, nem pode conversar com os fiscais.

Outra ação que a CPRH dizer ter feito ocorreu em Gravatá. “Em atendimento à solicitação da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), os fiscais realizaram perícia num local de desmate. Após essa atividade, as equipes da CPRH e Depoma fizeram vistoria numa serraria que já havia sido autuada anteriormente por posse ilegal de toras da Mata Atlântica”, diz a nota.

Nesse local, informa a CPRH, havia 16 móveis confeccionados com madeira das espécies sucupira e sapucaia. Também apreenderam 16 pássaros, entre sabiás, galos de campina, sanhaços e azulões. “Os responsáveis foram conduzidos à delegacia, o que gerou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O dono da serraria vai responder por crime ambiental. Já os pássaros foram levados para o Ibama. A madeira ilegal será recolhida pela CPRH.