Assuntos como eficiência sobre o uso da água, impactos do aquecimento global, desertificação, dentre outros, se constituem no 'recheio' do livro “Semiárido Brasileiro: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”. A obra foi desenvolvida através de um trabalho conjunto de 51 especialistas e que reúne parte do acervo de tecnologias e de conhecimentos dos últimos 30 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Embrapa Semi-árido, em Petrolina.

O livro foi lançado esta semana durante a realização da 2ª Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em regiões semi-áridas, evento que aconteceu em Fortaleza(CE).

“Este livro marca a contribuição da instituição nos debates sobre os desafios ambientais, agrícolas e sociais enfrentados pelas regiões secas com as alterações no clima do planeta”, destaca o chefe geral da Embrapa Semi-Árido, Natoniel Franklin de Melo.

“O livro constata sérios problemas na região, como as áreas em processo de desertificação. No Nordeste brasileiro, uma extensão maior que o Estado do Ceará já foi atingida de forma grave ou muito grave. No entanto, o livro também traz relatos de alternativas e soluções que precisam ser considerados como parte estratégica de um amplo programa de convivência com o semi-árido”, acrescenta.

Para o pesquisador Iedo Sá, um dos editores técnicos da obra, uma das funções do livro, além de disponibilizar resultados de pesquisas da Embrapa Semi-árido, é possibilitar o intercâmbio com outras regiões que também sofrem com os efeitos do aquecimento global.

“O conhecimento gerado pela Embrapa Semi-árido e disponível no livro tem potencial para promover intercâmbio com outros países que têm características semelhantes de aridez e semi aridez, na África, Ásia e América Latina”, pontua.