Gravatá (PE), 11 – Durante o lançamento do Programa Banco Comunitário de Sementes, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ressaltou que a ação para a criação de 640 unidades no Semiárido é fruto da experiência dos sertanejos. “Estamos transformando em política pública o saber do agricultor do Semiárido, que sabe preservar suas sementes e a escolher sempre as melhores”, disse ela, nesta quarta-feira (11), em Gravatá (PE).

A ação vai atender pelo menos 12,8 mil famílias rurais que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que já receberam cisternas de consumo e de produção por meio Programa Água Para Todos e que tenham a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP).

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Segundo a ministra, o projeto "vai mudar a região e garantir que o agricultor não saia da sua propriedade”. Nos bancos comunitários, os agricultores familiares do Semiárido podem retirar sementes de qualidade, sem modificação genética e adaptadas às regiões, com maior produtividade. “Semente é autonomia e liberdade para o agricultor. Esta ação é um investimento para o futuro. Vamos ampliar este conhecimento para que não fique isolado.”

Campello destacou ainda que o programa e a parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) – rede de organizações responsável pela execução do projeto – não foram criados por acaso. “Essas ações resultam da decisão do governo em trabalhar com o agricultor do Semiárido para garantir o acesso à água e a sementes”, lembrou a ministra, ao falar da entrega de mais de 1,1 milhão de cisternas de água para consumo humano no Semiárido. No mesmo período, foram implantadas 112 mil tecnologias sociais de captação de água da chuva para apoiar a produção.

Para Maria Emília Pacheco, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), o projeto reconhece a cultura do estoque das sementes “como a lógica da cultura camponesa e familiar”. “As sementes são bens culturais. Essa estratégia de guardar e multiplicar está ligada à agricultura familiar. Eles produzem a biodiversidade”, disse.

Segundo o coordenador da ASA, Neidson Baptista, a experiência do banco de sementes “é uma ação que nasce na comunidade”. “Os agricultores familiares são produtores de conhecimento e têm capacidade de orientar seus destinos”, ressaltou.

Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão investindo R$ 21 milhões para estruturar os bancos de sementes. Os outros 40 serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ainda repassa recursos para reformar e qualificar outras 360 unidades que já estão em funcionamento.

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