Salvador - Diante das polêmicas envolvendo o fim do convênio da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e o governo federal, e o início das implantações das cisternas de PVC pelo Ministério da Integração, o deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelino Galo, criticou a desistência do contrato e citou pontos negativos da cisterna de plástico. “Esse processo utilizando o PVC ainda não foi explicitado e a autonomia da população fica comprometida, já que a família depende da empresa que construiu a cisterna para gerir o recurso natural”, pontua.
Galo considera a construção de cisternas como vinha acontecendo pela ASA como uma obra social, “onde envolve a família favorecida e os benefícios que a água trará para sua vida, é uma obra de engenharia e o processo é multiplicando para outras famílias. O sucesso da ação da ASA por meio do Programa Um Milhão de Cisternas [P1MC e P1 2] está na participação das famílias como protagonistas de sua história. No fazer e ser parte do processo”.
No semiárido, a partir do envolvimento das famílias, em torno de tecnologias simples, baratas e de grande impacto, foram sendo construídas cisternas de placas. De algumas dezenas, passaram para centenas e hoje são cerca de 350 mil reservatórios. Uma revolução silenciosa, resultado de uma ação conjunta da sociedade civil organizada, dos governos federal, estaduais e municipais e de vários outros parceiros, inclusive bancos e empresas.